Reformado como 1º Tenente do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, Luciano Pissolatto transformou uma grave adversidade em exemplo de superação e compromisso social. Após contrair Covid-19, o oficial passou mais de 30 dias na UTI, sofreu trombose e teve parte da perna direita amputada. Reformado em 2025, com data retroativa a junho de 2021, viu sua carreira ativa interrompida — mas não sua missão de servir.
Pissolatto hoje coordena o Núcleo Regional do 7º Batalhão de Bombeiro Militar (BBM) junto à Associação de Bombeiros do Estado do RS (ABERGS), entidade que teve papel fundamental na sua recuperação. Campanhas de arrecadação viabilizaram sua reabilitação e a aquisição de uma prótese.
“A ABERGS foi essencial na minha vida. Eles cuidaram de quem cuida”, afirma.
Além da atuação institucional, Luciano dedica-se ao apoio a bombeiros militares e civis que enfrentam traumas ou limitações físicas. Está presente em unidades da região de Passo Fundo e Erechim, promovendo ações de acolhimento e escuta ativa.
“Quando os novos bombeiros me veem, perguntam sobre minha história. Contar como fui ajudado e mostrar que é possível seguir em frente faz toda a diferença”, relata.
Advocacia, fé e esporte: múltiplas frentes de atuação
Formado em Direito e mestre na área, Pissolatto é advogado com foco em causas sociais e atua gratuitamente em ações envolvendo o acesso a medicamentos, próteses e outros direitos das pessoas com deficiência. É também vice-presidente da Comissão de Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB subseção Erechim.
Pastor evangélico, pesquisador e atleta paralímpico, ele recentemente foi selecionado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro para o 11º Camping Militar e Civil Paralímpico, que será realizado em agosto, em São Paulo. Competirá nas modalidades de tiro esportivo e arco e flecha.
“Fui ajudado por muitos, e essa é a minha forma de retribuir. A vida tem que continuar, com apoio, com fé e com vontade de viver e ajudar outros a se reerguerem”, conclui.
ABERGS
Unidos em um só corpo, Corpo de Bombeiros!