A ABERGS neste dia 01 de outubro juntamente com demais entidades representativas da segurança pública esteve reunida  com o Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, acompanhado do vice-prefeito Sebastião Melo.

Na reunião, os servidores da segurança pública apresentaram dados do aumento da criminalidade em Porto Alegre, da redução de seus efetivos, a situação das corporações, além de demandas e preocupações destas categorias, buscando o apoio do prefeito para negociar junto ao governo estadual um plano de segurança para o Rio Grande do Sul.

 

Fortunati reafirmou que está participando do diálogo com o governador José Ivo Sartori, para quem telefonou, antes da audiência, informando que receberia os servidores. O prefeito expôs preocupação com a criminalidade, uma vez que a Capital apresentou um aumento de 23% na taxa de homicídios e aparece como a terceira capital mais perigosa do país no anuário de segurança pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. “Apesar de a área ser de competência do Governo do Estado, é na cidade que as pessoas vivem e temos a responsabilidade de construir um ambiente melhor e com mais qualidade de vida. Já venho conversando com o governador sobre o tema e somos parceiros para buscar soluções para os problemas de segurança pública em Porto Alegre”, disse o chefe do executivo.

 

A ABERGS explanou sobre as dificuldades enfrentadas pelos Bombeiros, como sobrecarga nos servidores na área de prevenção e combate a incêndios devido a falta de efetivo, bem como a estruturação da corporação ao qual o governo estadual ainda não encaminhou a Assembleia Legislativa, desde sua emancipação da Brigada Militar no ano passado.

 

O Coordenador da ABERGS, Ubirajara Ramos, deixou claro sua preocupação com uma possível nova tragédia na capital, demonstrando que o Corpo de Bombeiros de Porto Alegre em 1940 possuia 270 homens em seu efetivo para uma população de aproximadamente 250 mil habitantes e hoje a capital com quase um milhão e meio de habitantes possui 197 bombeiros distribuídos na atividade operacional e administrativa.

 

Fortunati mostrou-se preocupado com a situação dos Bombeiros, salientado a demora na liberação de alvarás, o que afasta investimentos por parte de empresários na capital. Ainda elogiou o trabalho dos bombeiros no incêndio do Mercado Público, no qual mais de 40 homens atuaram voluntariamente.

 

Uma das maiores preocupações das categorias é com o Projeto de Lei Complementar 206/2015, que tramita na Assembleia Legislativa, conhecido como PLC da Morte, pois congela os investimentos na área da segurança pública, prejudicando diretamente os servidores e principalmente a sociedade gaúcha.

 

Além da ABERGS, participaram da audiência representantes do Ugeirm Sindicato, Sindicato dos Servidores do Instituto Geral de Perícias (Sindiperícias-RS), Sindicato dos Servidores Penitenciários (Amapergs), Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (ASSTBM-RS), Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf Brigada Militar), Associação dos Oficiais Subalternos da Brigada Militar (AOFSBM).