MANAUS – O Amazonas tem 648 bombeiros combatentes para 4,14 milhões de habitantes, o equivalente a 1 bombeiro para cada 6,4 mil pessoas. O estado ocupa a 18ª posição no ranking nacional de efetivos, em primeiro está o Rio de Janeiro, com 12,6 mil bombeiros.

Os dados foram apresentados pelo deputado estadual Álvaro Campelo (Progressista) em sessão da ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas) na manhã desta terça-feira, 10. O ideal seria que o Amazonas contasse com pelo menos 1,735 combatentes. O déficit é de 63%.

Na tabela apresentada pelo deputado consta que além dos combatentes, que atuam em incêndios, resgates e mergulhos, há os que trabalham na saúde. Desse segmento, houve convocação em fevereiro deste ano e em abril atuaram à frente das ações contra a Covid-19 no hospital de campanha Nilton Lins, em Manaus.

No total, os dois efetivos somam 1.113 bombeiros. O ideal seria, considerando os dois efetivos, que o Amazonas contasse com 4.483 bombeiros.

Segundo Álvaro Campelo, em conversa com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Danízio Valente Neto, o efetivo do órgão está sofrendo baixas. “Conversando com o comandante-geral, ele me falava que no município de Novo Airão, infelizmente, a tendência é que se feche o Corpo de Bombeiros em razão de bombeiros que estão se aposentando, dos que estão de licença por causa de saúde. Enfim, por uma série de motivos”, disse.

“Farei uma indicação para que o Governo do Estado possa, ano que vem, realizar um concurso”, afirmou o parlamentar.

Os dados divulgados pelo deputado divergem dos disponibilizados pelo Corpo de Bombeiros em julho deste ano ao ATUAL. A Corporação informou que tem unidades em dez municípios além de Manaus, contando com um efetivo de 1.089 militares, sendo 651 combatentes e 438 do quadro complementar de saúde.

A reportagem consultou os Bombeiros para saber sobre as divergências dos dados e se os números informados por eles se mantêm. Questionou também quantos bombeiros se aposentaram este ano e quantos irão se aposentar até o final de 2020. Mas até a publicação desta matéria não houve resposta.

ATUAL entrou em contato com o deputado Álvaro Campelo para saber qual a fonte dos dados apresentados por ele, que informou que foram disponibilizados pelo próprio Comando Geral.