O Corpo de Bombeiros está monitorando os últimos focos de incêndio no Pantanal, em Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, após dias de trabalho intenso combatendo queimadas. A força-tarefa contou com apoio de três aeronaves, 63 bombeiros, 15 brigadistas e voluntários. A coordenação da missão anunciou o fim dos trabalhos na terça-feira (28).
O levantamento da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) apontou que o número foi de 40% a mais de focos de queimadas, comparado de janeiro a abril do ano passado. A baixa umidade do ar, altas temperaturas e o longo período de seca favoreceu o avanço do fogo na região.
O coordenador da operação e chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Waldemir Moreira Junior, vistoriou as áreas mais afetadas pelo fogo, que iniciou em março. Ele ainda ressaltou que o uso do fogo as margens dos rios pantaneiros é comum incêndios criminosos estão sendo investigadas pelas equipes. ,
“A seca na região vai se prolongar, teremos períodos ainda mais críticos nos próximos meses, e os focos vão continuar ressurgindo”, alertou o tenente-coronel.
O secretário da Semagro, Jaime Verruck, agradeceu a parceria com instituições, o trabalho das equipes e que o Governo está focado para aturar no monitoramento e fiscalização de reincidências de queimadas.
“Hoje estamos com todos os recursos voltados para o combate às queimadas no Pantanal, com uma ação conjunta estrategicamente montada pelo governo e, ao mesmo tempo, avaliando e criando todos os elementos para se decretar estado de emergência na região, medida recomendada pela Defesa Civil, considerando as condições climáticas de curto prazo, que são bastante críticas”, afirmou.
Foram cerca de 13 mil hectares atingidos pelo incêndio, próximo a fazenda Santa Tereza, na Serra do Amolar, norte do município. Segundo o Corpo de Bombeiros, o combate aos focos permanece na área de entorno da Fazenda Jatobazinho e Porto Laranjeiras, região do Paraguai-Mirim, onde o fogo se propaga em direção a campos alagados, com expectativa também de serem extintos naturalmente. O Ibama anunciou deslocamento para a região de 15 brigadistas e um helicóptero, a partir desta quarta-feira (29), para áreas de difícil acesso.