O município de Dom Pedrito, na região da Campanha, é um dos que enfrenta situação mais crítica devido ao mau tempo que atingiu o Rio Grande do Sul, com 26 famílias fora de casa. Conforme o Corpo de Bombeiros da cidade, o pico do rio Santa Maria foi registrado na manhã de sábado, quando chegou a 6,1 metros acima do nível normal. A água começou a baixar durante a tarde e, no fim deste domingo, está em 5,7 metros. Essa é a sétima enchente do ano em Dom Pedrito.
Além disso, a cidade registrou o primeiro óbito relacionado às fortes chuvas da última semana – um homem de 67 anos foi arrastado pela correnteza. Alberto Veiga da Rosa tentou atravessar um córrego a cavalo, mas devido ao alto nível da água acabou desaparecendo; o animal conseguiu se salvar e o corpo do idoso foi encontrado na manhã de sexta-feira no Arroio Taquarembó.
No mês passado, 101 famílias precisaram deixar as residências devido à cheia do rio Santa Maria, que passa pelo município – o pico foi de 6,3 metros acima do nível normal. Na ocasião, a enchente ficou atrás apenas da cheia de maio, quando a água alcançou dez centímetros a mais. Também foram registradas cheias em março, abril, junho e setembro e, em todas, ocorreu a remoção de moradores. A cidade decretou situação de emergência três vezes.
A Prefeitura de Dom Pedrito publicou em uma rede social um pedido para que, quem puder ajudar, faça a doação de alimentos e materiais de limpeza. Com os donativos, serão montados kits para distribuição às famílias fora de casa.
O número de municípios afetados pelo mau tempo chega a 52, conforme o levantamento mais recente da Defesa Civil Estadual, divulgado no sábado. No total, 4.465 residências foram atingidas em todo o Rio Grande do Sul. Entre as cidades com maiores danos estão Santa Maria, Cachoeira do Sul e Júlio de Castilhos, na região Central, e Santana do Livramento, Rosário do Sul e São Francisco de Assis, na Campanha e Fronteira Oeste.
Fonte: Correio do Povo / Daiane Vivatti/Rádio Guaíba