Após passarem por treinamentos, 19 cães de Corpos de Bombeiros de seis estados participaram de provas de obediência, destreza e busca em áreas de mata, floresta e em escombros. Só os aprovados receberão a Certificação Nacional de Cães de Busca e Resgate e poderão atuar com a corporação.

Os exames terminam na sexta-feira (10) e são realizados no 2º Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente de Magé, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Além do Rio de Janeiro, delegações de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Tocantins também participam do treinamento.

O certificado garante que tanto o militar condutor quanto o animal têm as qualificações necessárias para atuar em grandes ocorrências, em âmbito nacional e internacional, envolvendo pessoas perdidas ou soterradas.

O trabalho de cães farejadores chama a atenção principalmente em desastres naturais. Na tragédia em Petrópolis, em fevereiro de 2022, quando fortes chuvas atingiram o município, 60 cães de todo o país foram fundamentais nas buscas por sobreviventes. Na ocasião, uma série de deslizamentos de terra e enchentes deixaram mais de 240 mortes.

Antes de passar por essas avaliações, os cães são treinados desde que são filhotes. Segundo os bombeiros, somente depois de cerca de dois anos os animais estão prontos para participar das operações em desabamentos, deslizamentos de terra e em buscas por pessoas perdidas.

Durante esse período de treinos, eles são acostumados com diferentes tipos de terrenos, como grama, lama, terra e pedras, simulando escombros em desastres. As brincadeiras são direcionadas para que desenvolvam equilíbrio, destreza e obediência. Cada atividade tem um propósito e ajuda a construir as habilidades dos cães.

“Hoje, o canil do Corpo de Bombeiros do Rio [CBMERJ] é uma referência no país, com quase 50 certificações. O trabalho dos cães garante precisão e agilidade nas buscas por vítimas”, afirmou o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do CBMERJ, coronel Leandro Monteiro.