Bombeiros do Distrito Federal conseguiram retirar, na madrugada deste sábado (19) – após uma semana de buscas e mais de 80 horas de trabalho –, o corpo de um homem de 52 anos que estava soterrado a 25 metros de profundidade.

Raimundo Nonato dos Santos morreu no último dia 12, enquanto tentava furar um poço artesiano no Morro da Cruz, em São Sebastião. Segundo os bombeiros, a instabilidade do terreno e o risco de desmoronamento tornaram o resgate mais difícil. Durante a semana, a corporação cavou um buraco de 17 metros, paralelo à cisterna, na tentativa de acessar o corpo.

O resgate foi concluído à 1h40, quando o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para o reconhecimento da vítima. Até as 11h deste sábado, equipes da Defesa Civil e máquinas do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) ainda trabalhavam para fechar a escavação aberta no lote.

Operação complicada

Ao longo da semana, o Corpo de Bombeiros invadiu madrugadas no local para tentar localizar o corpo, e descobrir a melhor forma de acessar o local. Além da terra e do risco de desabamento, os militares descobriram que havia grande quantidade de água na área do resgate.

Na quarta (16), o tenente-coronel Alan Araújo contou ao G1 que o corpo tinha sido encontrado, mas uma tentativa de resgate revelou o tamanho da instabilidade na área.

"O militar que desceu chegou a encostar na vítima, já sem vida. Mas quando ele estava se preparando pra fazer a 'amarração', o terreno começou a desmoronar. Nesse momento, foi pensada uma estrutura de segurança: colocar mais algumas manilhas pra dar segurança para que nossaas equipes pudessem fazer o resgate", disse.

Quando as manilhas não resistiram – e desabaram sobre a área do corpo –, a Defesa Civil orientou os bombeiros a cavarem o buraco paralelo. Foi por essa segunda abertura, segundo a corporação, que o corpo de Raimundo Nonato dos Santos foi resgatado.

Fonte: G1 DF