O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) continua com os esforços diários para combater os incêndios florestais que atingem diversas regiões do estado, principalmente no oeste e na Chapada Diamantina, totalizando 14 cidades. 
 
Coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema), o Programa Bahia Sem Fogo conta com a atuação de 148 bombeiros, oito aeronaves modelo Air Tractor e brigadistas voluntários, além de técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que estão em campo com operações de fiscalização e educação ambiental. 
 
Autoridades relatam que a principal causa dos incêndios é a ação humana, seja de maneira acidental ou proposital. Com isso, diariamente, a população recebe orientações de que este tempo seco não é apropriado para a limpeza de pastagem utilizando fogo, nem para queima de lixo e outras atitudes que podem colaborar com o surgimento de incêndios. 
 
“Estamos num período de seca, umidade relativa do ar baixa e muito vento. Dessa forma, os acidentes oriundos da manipulação indevida do fogo podem ganhar proporções gigantescas”, explica o major BM Márcio Jansen.
 
De acordo com o coordenador da Unidade Regional do Inema em Barreiras, Saul Cavalcante, o uso irregular do fogo nas áreas urbana e rural estão sendo acompanhados de perto. “Para evitar esse tipo de ocorrência, o Inema vem realizando um trabalho de fiscalização ostensivo na região para identificar possíveis infratores”, pontua.
 
Saul ressalta ainda que, desde junho, estão suspensas as solicitações e emissões de Declaração de Queima Controlada (DQC), documento necessário para o emprego do fogo, mediante queima controlada, nas atividades de campo. “Essa é uma atividade que depende de prévia autorização a ser obtida pelo interessado junto ao órgão ambiental, mas, neste período crítico, está proibida nos municípios que registraram, nos últimos 10 anos, maiores incidências de incêndios florestais na Bahia”.
 
Trabalho de combate
 
No início da manhã, os bombeiros que atuam na região oeste seguem para os combates. Caminham por cerca de três horas em meio a um terreno íngreme e cheio de obstáculos. Quando finalmente chegam à área atingida, enviam as coordenadas, em comunicação ocorre via rádio, para que duas aeronaves lancem água nos focos de incêndio.
 
Para o sargento BM Adailton Dantas, o acesso é o grande dificultador no combate. “São áreas muito íngremes e subidas, o que demora um pouco a nossa chegada, mas a maior recompensa é ver o fogo extinto e a natureza voltando ao normal”.
 
Os aviões Air Tractor encontram-se em Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, Barra e Uibaí. Os 148 bombeiros atuam nessas e nas outras cidades combatendo os incêndios florestais.