No transcorrer dos primeiros vinte dias da 47º Operação Golfinho, a qual iniciou no dia 17/12/2016, foram registrados 335 salvamentos, com uma média de 17 salvamentos por dia, abaixo da média diária dos últimos 10 anos que totaliza 22 salvamentos diários. A praia com maior índice de ocorrências é o Balneário de Capão da Canoa com 43 salvamentos, a qual conta também com o maior índice de salvamentos por guarita juntamente com Magistério no Balneário Pinhal, ambas com registro de 11 salvamentos desde o inicio da Operação Golfinho.
O feriado de 1º de janeiro registrou o maior número de salvamentos, com um total de 123, sendo 110 no litoral norte (27 salvamentos em Capão da Canoa); 10 no litoral sul, sendo todos na cidade de Rio Grande; e 03 em águas internas (Arambaré, Tapes e Barra). Já no dia 31 de dezembro houve um registro de 65 salvamentos. Nos demais dias, foram realizados entre 2 e 26 salvamentos.
Fazendo um comparativo com a média das dez temporadas passadas – 22 salvamentos/dia, percebe-se uma redução de 23,6% no mesmo período.
Entretanto, tomando por base a 46º Operação Golfinho, a qual totalizou 245 salvamentos nos primeiros 20 dias, percebe-se um aumento de 26,9 %. Cabe destacar, que o período de veraneio passado foi atípico, com uma considerável redução de salvamentos. Embora não se possa afirmar, estima-se que tal redução deve-se a fatores climáticos, com chuvas intensas e bastante vento, infestação de “águas vivas” e intervenções preventivas. Para o tenente coronel Marcelo Maya, Coordenador da 47º Operação Golfinho, “este decréscimo se deve sobre tudo, às intervenções preventivas dos salva-vidas. Este viés de pró-atividade está, gradativamente, auxiliando na construção de uma cultura social fundamentada em ações e atitudes voltadas à prevenção. No Corpo de Bombeiros Militar, e na Operação Golfinho especificamente, o salva-vidas prima pela orientação e educação do banhista ao invés de somente efetuar o salvamento. O trabalho de prevenção tem ajudado muito a reduzir as ocorrências de salvamentos nos últimos anos”.
Nestes primeiros 20 dias de operação foram registrados 5 óbitos em locais balneáveis, onde não havia posto de salva-vidas instalado, e 5 óbitos em locais não balneáveis.
Outro fator importante que deve ser considerado foram as 11.141 intervenções preventivas, sejam elas verbais ou através do apito, que os salva-vidas realizam quando percebem que um banhista está próximo a algum local de risco, seja vala, buraco ou repuxo (correntes de retorno). O balneário com maior número de intervenções foi Torres representando 15,1% do total realizado até o momento.
Além das atividades operacionais dos salva-vidas, o Corpo de Bombeiros Militar desenvolve o programa de educação preventiva ‘Salva-vidas Mirim’ com objetivo principal de formar uma cultura social prevencionista, formando uma consciência solidária e de respeito à vida, além de desenvolver ensinamentos e aprendizados práticos e teóricos das atividades desenvolvidas pelo Corpo de Bombeiros. O projeto Salva-vidas Mirim foca suas ações na segurança relacionada aos mais diversos acidentes, principalmente a afogamentos e aos cuidados relevantes ao contato com a água (mar, piscina, rios, lagoas etc.), tornando os participantes multiplicadores e dissipadores do conhecimento. Até o momento, foram capacitadas 444 crianças, nos municípios de Capão da Canoa, Arroio do Meio, Caçapava do Sul, Santa Maria, Restinga Seca, Rosário do Sul, Porto Alegre, Tramandaí e Pinhal.
Fonte: Site CBMRS