Bento Gonçalves é a terceira cidade da Serra Gaúcha a receber uma força-tarefa que pretende diminuir ou zerar a fila de espera para a primeira análise dos Planos de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). Desde segunda-feira, o município conta com o apoio de cinco profissionais com experiência no tema.

Conforme o titular do 5º Comando Regional de Bombeiros (5º CRB), tenente-coronel Cleber Valinodo Pereira, atualmente, a espera em Bento Gonçalves chega a 190 dias. A expectativa é reduzir este número para até 90 dias, meta estabelecida pelo Comando-Geral dos Bombeiros na Operação Contagem Regressiva. Os cinco bombeiros vieram de Gramado, Flores da Cunha, Caxias, Farroupilha e Canela devem reforçar os trabalhos até sexta-feira. Dependendo da demanda, os servidores podem permanecer até duas semanas na cidade.

— Nós entendemos que é inadmissível um profissional entrar com um projeto em janeiro e demorar seis meses para esse projeto ser aberto. Porém, temos o outro lado: a partir do momento que enviamos a notificação de correção, é importante que o profissional responsável corrija o problema o mais rápido possível e dê entrada novamente — reforça o tenente-coronel.

Segundo o comandante, a proposta é de que a primeira análise dos projetos fique dentro da meta até novembro. Após, muitos servidores são deslocados para atender operações e eventos de verão, como a Operação Golfinho e Natal Luz, e não podem integrar a força-tarefa.

— Nós não podemos entrar no período de férias com esses projetos atrasados, senão vai ser um acúmulo muito grande. Outra preocupação é que o Corpo de Bombeiros também não deseja travar a economia das cidades; pelo contrário, desejamos alavancar — reforça o titular do 5º CRB.

Em Caxias do Sul, em duas semanas de trabalho intensificado em junho, a espera havia caído de 180 para 95 dias. Atualmente, o prazo diminuiu ainda mais e chega a 78 dias. Para a fila de espera encolher, 10 bombeiros estiveram na cidade para reforçar as primeiras análises do PPCI¿s represados.

Farroupilha zerou a fila

Em Farroupilha, a força-tarefa zerou a fila para primeira análise dos PPCI's. Antes, o tempo de espera era maior que cinco meses, segundo o tenente Ailton Borges Bohm. O reforçou atuou na cidade entre 29 de agosto e 2 de setembro. 

A operação contou com o apoio de cinco bombeiros vindos de Canela, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Vacaria e Flores da Cunha, além do efetivo de Farroupilha. Durante os cinco dias, 214 PPCI's foram verificados e outros 80 foram reanalisados. Conforme o tenente, 75% dos documentos não foram aprovados na primeira análise. O tempo de readequação do projeto é de até 30 dias.

— A operação funciona porque uma cidade ajuda a outra e assim o nosso trabalho ganha agilidade — diz o tenente Ailton Borges Bohm.

 

Fonte: Pioneiro