A apresentação, na última quarta-feira (21), de 522 novos alunos-soldados — 421 brigadianos e 101 bombeiros — que iniciarão o curso de formação e, a partir do começo de 2018 estarão nas ruas do Rio Grande do Sul encerrou o chamamento dos 1,6 mil novos policiais militares previstos no edital do último concurso feito pela Secretaria da Segurança Pública (SSP-RS), em 2014. O reforço, porém, manteve a angústia de outros 123 aprovados no concurso — 75 bombeiros e 48 brigadianos —, que ficaram como suplentes na classificação, além das vagas previstas no edital.
— Não há nenhuma obrigação legal de que esses aprovados sejam chamados. O que estava previsto no edital já foi cumprido. Mas compreendemos a situação dos aprovados e a necessidade de reforço da corporação, por isso, a intenção do comando é avaliar a situação — explica o diretor do departamento administrativo da Brigada Militar, coronel José Henrique Gomes Botelho.
Segundo ele, o número de 123 suplentes — alegado por um grupo de concursados — ainda não é confirmado. A intenção da BM é, até segunda-feira (26) ter fechado o número exato de candidatos aprovados e não incluídos nas vagas do edital, e a partir daí encaminhar um pedido ao governador do Estado, José Ivo Sartori, para que os inclua no atual curso de formação. Isso aumentaria o reforço previsto para o início de 2018 nas ruas.
— É uma decisão que cabe ao governo. Se eles não forem chamados, não há nenhum impedimento para que seja lançado um novo edital para concurso — diz o oficial.
Os alunos-soldados apresentados nesta semana vão se somar aos 1.060 soldados que concluem em julho o curso de formação. Atualmente, a Brigada Militar atua com 20 mil PMs, quando o necessário seriam pelo menos 37 mil. O governo do RS condiciona a abertura de um novo concurso público para a Brigada Militar à aprovação do pacote de projetos que modificam a carreira policial na Assembleia Legislativa.
Fonte: ZH
Foto: André Ávila / Agencia RBS