Os bombeiros militares de Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina, receberam um reforço no mínimo muito fofo. Bob, um filhote de labrador, será treinando para auxiliar nas buscas feitas por socorristas. A dupla dele é o cabo Genivan Küll.
— Eu esperava há 12 anos por isso, mas a tão esperada oportunidade surgiu quando vim transferido para Itapema, há aproximadamente sete anos e, assim, começou todo esse processo, que deu certo — comemorou o socorrista.
Bob tem menos de dois meses e chegou ao quartel, que pertence ao 13º Batalhão de Bombeiros Militar, nesta quarta-feira (10). Ele veio de São Paulo, do mesmo canil do cão de busca Orion. Ele foi selecionado presencialmente por Genivan, que é especialista em atuação com cães graças a uma formação oferecida pela corporação.
A energia e coragem do animal se destacaram nos testes feitos, além da boa interação com os humanos. Com tantas características positivas, a parceria não poderia ter sido outra.
A partir de agora serão dias de muito trabalho para preparar Bob. As certificações obrigatórias começam a ser conquistadas quando o cão tem um ano e três meses. Apenas quanto tiver as "qualificações" é que se torna atuante na instituição. Mas nem tudo é trabalho:
— Aqui em casa ele vai ter muito carinho e a companhia de mais um cão, para brincar bastante — conta Genivan.
O nome do filhote foi escolhido por conta de um desenho animado, dos anos 90, chamado “O Fantástico Mundo de Bob”.
Cachorros socorristas
No último ano, os binômios (dupla de bombeiro e cão) estiveram em 95 ocorrências de busca de pessoas desaparecidas, um importante reforço, já que os animais conseguem ter uma percepção de odor maior do que a dos humanos, indicando o caminho até as vítimas.
— Cada filhote que chega nos traz mais certeza de que este é um trabalho importante da corporação, tanto em Santa Catarina como no Brasil. Estamos com uma renovação gradativa, que garante que o trabalho seja contínuo e não pare — destaca o presidente da Coordenadoria de Busca, Resgate e Salvamento com Cães, tenente-coronel Walter Parizotto.
A ideia é ter pelo menos um binômio em cada um dos 15 batalhões catarinenses. Atualmente há cães (entre certificados e em treinamento) nos batalhões de Curitibanos, Blumenau, Canoinhas, Lages, Criciúma, Itajaí, Xanxerê, Chapecó, São José e agora em Balneário Camboriú.