Em entrevista concedida à rádio colombiana "Blu Rádio", Juan Diego Gómez, um dos bombeiros que trabalhou no resgate das vítimas da queda do avião que levava a Chapecoense para a Colômbia, informou que mais pessoas haviam sobrevivido à queda - mas não resistiram aos ferimentos.
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Segundo Gómez, 10 pessoas foram socorridas, mas apenas sete conseguiram ser levadas para hospitais da região. Essas pessoas eram um membro da comissão técnica, que não teve o nome revelado, e o piloto, Miguel Luis Quiroga. "Eu pude resgatar Miguel Luis, mas ele logo faleceu", contou o bombeiro.
Das sete pessoas salvas dos impacto, seis ainda estão hospitalizadas. O goleiro Danilo chegou a ficar algumas horas no centro médico, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu horas depois. O resgatista ainda informou que um menino de "cerca de 15 anos de idade" guiou as autoridades até o lugar do acidente e que um outro jovem ajudou nos resgates. "Quando chegamos, o menino não estava e quando começamos a resgatar os corpos, ele apareceu", disse Gómez.
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Agora, a imprensa local tenta saber quem era o menino que ajudou os socorristas.
Tragédia sem precedentes
Segundo as autoridades, o avião da Chapecoense perdeu contato com a torre de comando do aeroporto por volta das 00h30 (de Brasília), quando sobrevoava um local entre as cidades de La Ceja e Aberrojal. A queda aconteceu perto de 1h15 da manhã, em Cerro El Gordo.
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A tragédia com o avião do clube brasileiro deixou 71 mortos, incluindo 19 jogadores, dirigentes, o técnico Caio Júnior e sete tripulantes. Apenas seis pessoas sobreviveram: o goleiro Jakson Follmann, o zagueiro Neto, o lateral esquerdo Alan Ruschel, o jornalista Rafael Henzel, o técnico da aeronave Erwin Tumiri e a comissária de bordo Ximena Suarez.
De acordo com relatos locais, os bombeiros levaram duas horas para chegar aos destroços do avião. Em uma região com muitos morros, a queda aconteceu em um local de difícil acesso por terra.
Fonte: Esporte - iG @ http://esporte.ig.com.br/futebol/2016-11-30/bombeiro-sobreviventes-chapecoense.html