Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, destacou que a formação rochosa do local e as chuvas fizeram com que o paredão de rocha caísse em Capitólio, neste sábado, 8, ocasionando uma grande tragédia, com oito pessoas mortas.

"A gente tem uma formação rochosa que é basicamente composta por rochas sedimentares, então são rochas que naturalmente têm uma resistência muito menor à atuação dos ventos, da água, dos elementos naturais que atuam sobre a região", falou Aihara em entrevista à GloboNews.

Aihara ainda destacou que a rocha acabou caindo de uma forma errada. "Uma outra situação que acabou infelizmente agravando foi porque a rocha cai numa trajetória perpendicular. Geralmente, quando a gente tem ruptura por tombamento, a rocha sai de uma forma mais fatiada, ela escorre por aquela estrutura e cai de uma forma ou diagonal ou então mesmo em pé. Nesse caso, como a gente teve esse tombamento perpendicular, e pelo tamanho da rocha, a gente acabou tendo essas pessoas diretamente afetadas", explicou o bombeiro.

Tragédia

A queda de parte de uma grande rocha em um dos cânions do Lago de Furnas, em Capitólio, atingiu turistas que estavam em embarcações neste sábado. A região é muito conhecida pelo turismo.

Em coletiva, o Corpo de Bombeiros informou que 8 pessoas morreram com o desabamento e outras 2 estão desaparecidas. Ainda segundo as informações divulgadas, 4 pessoas seguem internadas, em hospitais de cidades próximas a Capitólio, e 27 foram atendidas e liberadas.

Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal de Passos (MG) onde serão identificados. A perícia também investigará as causas do óbito. 

Cerca de 40 bombeiros, incluindo mergulhadores especializados, participam das buscas que abrangem tanto as águas como uma investigação a partir do relato de testemunhas e das empresas de embarcações. Ainda não se sabe as causas do desabamento que inicialmente foi atribuído como decorrência de uma tromba d´água.

Foto: THIAGO CALIL/AGIF / Estadão