Trabalhando há mais de 1,4 mil dias nas buscas pelas vítimas fatais da tragédia de Brumadinho (MG), os militares do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais reforçaram, nesta quarta-feira (25), o compromisso de seguir as buscas até encontrar os últimos três corpos, as “joias” engolidas pela barragem da mineradora Vale, há exatos quatro anos. O desastre tirou a vida de 272 pessoas – duas estavam grávidas. E somente ontem a Justiça Federal começou a julgar 18 réus acusados de homicídios e crimes ambientais.

“Nosso propósito, desde o primeiro dia, está em cumprir nossa missão de forma honrada em respeito a dor das famílias que depositaram suas esperanças no Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais”, diz a mensagem dos Bombeiros, em vídeo divulgado hoje em homenagem às famílias das vítimas.

São cerca de 6 mil bombeiros militares atuando nas buscas após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, desde 25 de janeiro de 2019.

 

“Como ainda temos três joias desaparecidas, o Corpo de Bombeiros ainda está empenhado nesse trabalho de busca, com aproximadamente 30 militares diariamente, há 1.462 dias, dedicando-se às ações operacionais, planejamento estratégico. Tudo isso tem sido primordial para a recuperação das joias e alento do coração dessas famílias. Enquanto for possível, enquanto for viável, estaremos empenhados para poder trazer conforto a essas famílias”, enfatiza a capitão Thaise Rodrigues Rocha, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas.

A corporação  informa que está na 8ª Estratégia, operando com as estações de buscas, que consistem em equipamentos industriais de peneiramento adaptados para a realidade operacional da operação Brumadinho. Essa nova estratégia permitiu um ganho em volume processado: cerca de 200 toneladas de rejeitos por hora em cada equipamento.

Veja a homenagem dos Bombeiros clicando AQUI.

Polícia Civil

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) também faz parte do esforço coordenado para as ações em Brumadinho, tanto na solução das causas do rompimento e responsabilização pelo fato, como também na identificação das vítimas. Até o momento, 267 já foram identificadas.

Com a conclusão do inquérito policial, a cargo do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), em 20 de janeiro de 2020, a Polícia Civil indiciou 16 pessoas físicas pelos crimes de homicídio qualificado, crime contra a fauna, crime contra a flora e crime de poluição. Além disso, duas pessoas jurídicas foram indiciadas por crime contra a fauna, crime contra a flora e crime de poluição. (Com informações da Agência Minas)