O Corpo de Bombeiros constatou um crescimento do número de incêndios ou focos de fogo em Fernando de Noronha. Segundo a corporação, no segundo semestre de 2019, foram 22 ocorrências, contra 17 chamados, no mesmo período do ano passado. Os problemas se intensificaram nos últimos dias, sendo quatro casos em 72 horas.

Entre esses casos está o incêndio considerado de médias proporções registrado na área de agricultura Noronha Terra, na região do bairro dos Três Paus. Segundo o tenente-coronel dos Bombeiros Ariston Alves, o problema tem relação com as queimadas.

“Nós observamos que as pessoas tentam limpar as áreas com as queimadas, o que é um crime”, explicou o militar. Procurada pelo G1, a polícia informou, em Noronha, que não foram feitas denúncias de queimadas.

Por isso, o representante dos Bombeiros solicitou que as pessoas afetadas prestem queixa à Polícia Civil. “Os moradores incomodados devem formalizar a queixa. A fumaça é tóxica, a queimada também pode atingir residências, comércio, e a fiação”, disse o tenente-coronel.

 

Os riscos são ainda maiores, porque a ilha enfrenta um período de seca. “A vegetação está muito seca e os recursos que temos são limitados tanto para o socorro, quanto para o apoio”, disse o bombeiro.

No combate às chamas no incêndio da área do Noronha Terra foram utilizados 24 mil litros de água, volume que poderia ter sido usado para o abastecimento dos moradores. Os Bombeiros constataram também que é comum o uso do fogo para queimar de lixo.

A Administração da Ilha iniciou uma campanha nas redes sociais, esclarecendo que o fogo em vegetação ou resíduos é proibido. Os fumantes também são alertados para tomar cuidado no descarte das bitucas de cigarro. Os infratores podem ser enquadrados na lei de crimes ambientais.