Barra Mansa – As festas juninas e a Copa do Mundo prometem animar o mês de junho com muitas comemorações. Embora seja uma tradição o uso de fogos de artifício para esses tipos de festejos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e do 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros fazem um alerta para a importância do uso correto desse tipo de artefato. E mais: conforme levantamento feito pelo conselho, cerca de cinco mil pessoas, nos últimos dez anos, foram internadas devido a problemas com fogos de artifício.

De acordo com o primeiro-tenente Anthony Pietro, chefe de seção operacional do 7º GPBM, em qualquer ocasião é de extrema importância que a pessoa que irá soltar fogos de artifício tenha conhecimento sobre o manuseio correto e leia as instruções, que vêm nas embalagens. Além disso, outro alerta é para que as pessoas evitem comprar os fogos em lugares que não tenham credencial para vender esse tipo de produto.

– Tem que comprar em uma loja credenciada e vistoriada pelo Corpo de Bombeiros e nunca em estabelecimentos de fundo de quintal, por exemplo, onde não se sabe a procedência dos fogos e nem mesmo o tipo de mecanismo que foi produzido – orientou o tenente.

Segundo ele, o importante ainda é tomar precauções como, por exemplo: soltar os fogos em lugar aberto, longe de pessoas, de fiações elétrica e nunca na direção do vento. “Soltar os fogos na direção do vento, aumenta o risco de um acidente com queimadura porque a pólvora pode voltar direto para o rosto da pessoa”, explicou Pietro, ao acrescentar que também não é recomendado colocar os fogos em garrafas ou tijolos. Ainda de acordo com ele, não é correto insistir em acender fogos que tenham falhado.

– Não deve reacender porque grande parte da pólvora já foi queimada e o risco de explosão se torna ainda maior – acrescentou, ao afirmar que fogos na categoria D só podem ser manuseados por maiores de 18 anos. “É importante acrescentar que pessoas alcoolizadas, de forma alguma devem soltar fogos de artifício”, completou Pietro.

Cuidados com fogueiras e balões

Como além dos fogos, nas festas caipiras ainda existe o costume de fogueiras, o tenente explicou que também é preciso ter alguns cuidados na hora de acender. Ele diz que tudo deve ser feito por adulto, mantendo as crianças á distância. Outro cuidado é manter as fogueiras longe da fiação elétrica, e as mesmas devem feitas com madeira e o álcool deve ser evitado na hora de acender por se tratar de uma substância volátil.
Já com relação aos balões, o tenente explicou que a prática de soltá-lo é proibida, sendo considerada um crime ambiental.

– O balão é proibido por lei e não deve fazer parte das comemorações de festas juninas. É preciso que as pessoas tenham consciência do risco que eles oferecem á sociedade, podendo cair sobre residência, árvores ou regiões de muita vegetação, provocando assim um incêndio de grandes proporções – finalizou o tenente.

Procura por fogos aumenta 50% nesse período

Responsável por uma loja de fogos localizada no bairro Boa Vista, em Barra Mansa, o técnico em pirotecnia, Vicente Andrade, afirma que nesta época do ano, a procura por fogos de artifício aumenta em até 50%, se comparada com outros períodos (exceto final de ano). De acordo com ele, existe uma grande variedade desse tipo de produto, no entanto, os consumidores devem ficar atentos e priorizar a compra de produtos credenciados e optar por lojas autorizadas pelo órgão de segurança como, por exemplo, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Militar, além de outros órgãos fiscalizadores.

– Comprar fogos em praças, calçadas ou de outra forma clandestina é muito arriscado. Aqui na loja sempre orientamos nossos clientes com relação a isso e explicamos sobre a forma certa de soltar, sobre os tipo mais indicados e sobre os locais corretos para se soltar os fogos. Isso é prevenção e fazemos sempre visando o cuidado com nossos clientes – disse o responsável.

Fonte: Diário do Vale