A operação do Corpo de Bombeiros “Abafa Araguaia” já aplicou mais de R$ 5,7 milhões aos proprietários de 11 fazendas na região de Araguaiana, Bom Jesus do Araguaia, Cocalinho, Querência, Ribeirão Cascalheira e Porto Alegre do Norte pela destruição da vegetação com uso de fogo durante o período proibitivo de queimadas. A operação, deflagrada no dia 27, abrange parte dos biomas Amazônia e Cerrado.
As fazendas são alvos dos agentes que estão realizando os ciclos de fiscalização para confirmar os pontos que foram devastados. Em uma das fazendas em Bom Jesus do Araguaia, que fica dentro do bioma Cerrado, equipe detectou a destruição de 1.618 hectares de área devastada e a multa chegou ao valor de R$1,6 milhão. A identificação da destruição foi apontada através do monitoramento de imagens via satélite, realizado pelo Batalhão de Emergências Ambientais.
O resultado deste trabalho, para punir quem insiste em destruir os biomas mato-grossenses dentro do período proibitivo do uso do fogo, conta com investimento de R$ 73 milhões do governo do Estado para as diversas ações de combate à temporada de incêndios florestais 2021. As instituições foram fortalecidas com equipamentos, veículos, dentre outras medidas para proteção dos biomas que apresentaram redução na incidência de focos de calor na vegetação: Pantanal 82,59%%, Cerrado 46,60% e Amazônia 35,23%, conforme mostra no informativo do BEA, divulgando na última quinta-feira.
Outro ponto fiscalizado, uma propriedade no município de Araguaiana (a 1.159 km de Cuiabá), devastou uma área de 411 hectares do bioma Cerrado. Nesta localidade, os grandes focos de calor foram detectados no dia 18 de setembro. Pela destruição desta vegetação, dentro do período proibitivo do uso do fogo, foi aplicada uma multa de R$1 milhão.
Além da aplicação das multas, os agentes realizaram apreensão de sete maquinários que estavam nas áreas destruídas, sendo quatro tratores, duas esteiras e uma retroescavadeira.
A base de apoio da operação fica na carreta do Centro Integrado de Comando e Controle Móvel da secretaria, que está estacionada na praça da cidade ao lado da Prefeitura de Querência. A tecnologia desta unidade é usada pelas equipes que atuam na operação, facilitando a rápida atualização de diversas informações; detalhes dos locais desmatados, além da produção de registro de infração com as multas aplicadas.
O comboio percorre grandes trechos nas estradas, mais de 200 km na zona rural para chegar nos locais alvos dos militares e demais agentes que participam da operação que ainda permanece em andamento e até o mês novembro na Região Araguaia.