Sensibilizada com a situação de centenas de moradores que vivem em bairros carentes dos municípios de Brasileia e Epitaciolândia, no interior do Acre, a cabo Nângela Luna, do Corpo de Bombeiros, promove uma campanha para arrecadação de alimentos, produtos de higiene e limpeza para serem doados.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, os moradores estão tendo que passar por isolamento social e muitos tiveram as atividades suspensas durante a quarentena. Para tentar ajudar, a militar resolveu unir forças e conseguiu ampliar as doações.
Já foram entregues mais de 300 sacolões, cerca de 250 kits de limpeza e mais de 200 frangos às famílias carentes. Os produtos são doados por comerciantes, empresário e população em geral.
“A gente começou as entregas no dia 27 de março e de lá para cá as doações vêm aumentando e, graças a Deus, conseguimos ajudar muitas pessoas. Nosso batalhão é muito unido e sempre fazemos esse tipo de ação. A ideia inicial era ajudar as pessoas que a gente já conhecia, mas quando divulgamos a ideia, muitos se sensibilizaram e a coisa tomou outra proporção. Tem dado muito certo”, disse a cabo.
Com a ajuda de outros colegas, ela busca as doações, monta os kits e sacolões e depois eles vão para as ruas entregar. Segundo ela, a ação não tem data para acabar e as pessoas podem continuar doando.
“Quando eu divulguei meu número para receber as doações, comecei a receber também pedidos de ajuda. Então, a gente vai na casa, faz essa triagem, procura os bairros mais carentes e também por indicação das pessoas mesmo. É muito gratificante poder ajudar, vendo tantas realidades, a gente se sente grato e privilegiado, e ao mesmo tempo é só nossa obrigação mesmo”, afirmou a militar.
A dona de casa Lenilda Mendes, de 26 anos, foi uma das contempladas pelas doações. Ela, que mora com o marido e uma filha de 5 anos no bairro Liberdade em Epitaciolândia, disse que a situação está complicada e que a ajuda veio em boa hora.
“Eu recebo Bolsa Família, meu marido é diarista e não está trabalhando por conta desse negócio do vírus. Quando fiquei sabendo que estavam doando, entrei em contato e pedi ajuda. Eles entregaram de tudo um pouco e ajudou demais”, contou Lenilda.