Desde domingo (5), bombeiros trabalham no combate a um incêndio em uma área de reflorestamento no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, perto da Lagos da Fortaleza. Cerca de 1,2 mil hectares dos 12 mil de floresta já foram consumidos pelo fogo. Não há residências nas proximidades.

A fumaça já chegou a alcançar a beira da praia de Cidreira, conforme relato de veranistas, e é vista até de pontos mais afastados, como em Capão da Canoa, distante cerca de 50 quilômetros.

As chamas foram controladas ainda no domingo, porém os bombeiros não conseguiram extinguir o fogo em sua totalidade. No local do incêndio, há uma vegetação de pinus.

Equipes de outras cidades foram enviadas para reforço, inclusive um caminhão com 42 mil litros de água, de São Leopoldo.

Um helicóptero da Brigada Militar sobrevoa a área, com um cesto com cerca de 800 litros de água. O problema, segundo os bombeiros, é que o fogo é apagado na superfície, mas continua por baixo da terra.

A vegetação de pinus é da empresa Habitasul, que destina madeira para a produção de celulose. Cento e vinte brigadistas da própria empresa atuam nos trabalhos de combate às chamas. O vento ajuda a espalhar os focos de incêndio.

Conforme meteorologistas, não há previsão de chuva para esta quarta-feira (8). O tempo permanecerá seco.

A causa do fogo ainda é investigada, mas existe a suspeita de que tenha se iniciado a partir de uma fogueira feita por pessoas que acamparam no local no fim de semana.

Fepam pede relatório para empresa que atua na área
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) notificou a Habitasul, que deverá entregar, em um prazo de 30 dias, um relatório contendo as medidas executadas e propostas para minimização do impacto ao término do incêndio.

A Habitasul é licenciada pela Fepam para o plantio de pinus. Segundo a fundação, ocorre na área um manejo de condução da regeneração natural, prática que acumula no solo maior volume de material combustível, dificultando o combate ao incêndio.

As licenças ambientais determinam que a empresa tenha um plano de controle e combate a incêndio com equipes treinadas e material adequado para o combate. No momento da vistoria, a empresa estava com todas as suas equipes na área em operação atuando com os bombeiros, diz a Fepam.

A Fepam acrescenta que os técnicos do Balcão Ambiental Unificado Sema/Fepam do Litoral Norte seguem monitorando toda a região. Eles sugerem que a população se mantenha longe da área afetada, a fim de se proteger.

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Foto: João Laud/RBS TV

Fonte: Cristine Gallisa