O Corpo de Bombeiros retomou, na madrugada da sexta-feira (2), o combate a novos focos de incêndio em uma área de mata próxima ao bairro Caixa d'Água, em Vinhedo (SP). A corporação tenta conter as chamas, que terminam e começam novamente, desde o último domingo (27).

De acordo com a prefeitura, o fogo já causou danos em uma área de 3 milhões de metros quadrados e é o maior incêndio da história da cidade, tanto em duração quanto em tamanho do local atingido. No total, são 100 horas de combate e 300 mil litros de água de reuso já foram usados para tentar combater as chamas.

A área é de difícil acesso por ser mata fechada, o que dificulta os trabalhos dos bombeiros e facilita que as chamas se espalhem. Nesta sexta, o fogo recomeçou em um bambuzal. Os moradores da região ficaram com receio de ter que deixar novamente as casas, como aconteceu na quinta-feira (1º), mas não foi necessário.

Apesar de controlados na manhã desta sexta-feira, focos de incêndio na região voltaram a aparecer por volta das 12h, segundo apurou a reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo. Equipes do Corpo de Bombeiros passaram a madrugada no local.

A prefeitura informou que moradores de 25 casas que tiveram que deixar as residências já foram autorizados a retornar. O bairro Canjaranas também foi atingido pelas chamas.

Desde a tarde de quarta, quando o incêndio voltou a ser registrado, o fogo se alastrou rapidamente pela região, que é uma Área de Preservação Ambiental (APA), atingiu um morro situado no limite entre Vinhedo (SP) e Louveira (SP) e também alcançou a região da Fazenda Monte Alegre.

O Corpo de Bombeiros utiliza caminhões-pipa no combate às chamas. Equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente também auxilia na abertura da vegetação. De acordo com a corporação, o acionamento do helicóptero Águia, da Polícia Militar, segue um protocolo porquê depende de uma série de critérios. Por isso, a aeronave ainda não foi utilizada.

Com a indefinição, a administração contratou um helicóptero para ajudar no combate. A aeronave sairá do Aeroporto do Campo de Marte, na capital paulista, e a previsão era de chegar a Vinhedo por volta das 13h.

Falta de água

Alguns moradores dos locais próximos relataram ainda problemas no abastecimento de água em suas residências. A prefeitura informou que isso não tem relação com cortes no fornecimento, mas, sim, uma junção de outros fatores, tais como: temperaturas elevadas, alto consumo e a localização, já que é uma região geograficamente alta.