Os bombeiros de São Francisco de Paula se deslocaram, na sexta-feira (6), até o açude que teria provocado o alagamento de ruas de Rolante e colaborado para a enchente que deixou famílias desalojadas na cidade. Porém, a análise no local, situado no distrito Rincão dos Kroeff, afastou essa hipótese.
Segundo Adriano Pacheco dos Reis, do Corpo de Bombeiros de São Francisco de Paula, o açude chegou a se romper de fato, mas tem menos de dois metros de profundidade e não teria capacidade para causar tantos estragos.
— O açude até se rompeu mesmo, mas não foi o responsável por tudo isso como estavam falando na cidade. Falaram que uma barragem tinha se rompido e deu toda essa repercussão. O açude é pequeno e tem pouca vazão. O que aconteceu aqui na região foi um grande acúmulo de água em poucas horas, uma enxurrada — explica.
Famílias ficaram ilhadas e pelo menos 300 delas tiveram que sair de casa após a cheia do Rio Mascarada em Rolante. Segundo a Defesa Civil, famílias da região aguardaram resgate sobre telhados de residências, enquanto bombeiros de Rolante, Taquara, Igrejinha e Três Coroas tentavam chegar até os pontos mais críticos. Algumas quebraram o forro para se abrigar no telhado. Durante a manhã, a água baixou e apenas 10% das famílias ainda estavam fora de casa.
Não há registro de pessoas feridas nem desaparecidas. Conforme a Defesa Civil, há empresas com material danificado, inúmeros veículos foram levados pela força da água, pontes destruídas e plantações devastadas. Além disso, a estimativa é de que 90% dos animais da pecuária tenham morrido.
Fonte: ZH
Foto: Corpo de Bombeiros de São Francisco de Paula / Divulgação