A cada três dias, uma ocorrência de choque elétrico grave ocorreu no Distrito Federal neste ano. Os dados são do Corpo de Bombeiros Militar do DF, que atendeu 22 ocorrências, sendo duas com mortes. Recentemente dois casos chamaram a atenção no Entorno. No último domingo (5/3), uma criança de 7 anos morreu após levar uma descarga elétrica, em uma cerca de prender galinhas. O caso aconteceu em uma chácara, em Santo Antônio do Descoberto (GO).

Em 2022, a corporação fez 154 atendimentos, com registro de sete óbitos. Em Goiás, o Corpo de Bombeiros atendeu a 62 casos em todo estado e, no ano passado, 315 ocorrências.

De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), no caso ocorrido em Santo Antônio do Descoberto, o menino brincava com um amigo, e um fio de alta-tensão teria caído na cerca que servia para manter as galinhas presas. Esse fio gerou uma corrente elétrica na cerca, o que levou ao choque da criança.

O outro caso ocorreu em Luziânia (GO). Uma doméstica foi arremessada após encostar em fio desencapado. Apesar de ter ficado com dores e hematomas no corpo, ela não solicitou atendimento.

O comandante do Corpo de Bombeiros de Luziânia, major Eberson Holanda, informou que os dados tendem a ser subnotificados, já que os bombeiros são acionados apenas em situações mais graves. “A maioria dos acidentes ocorre em casa, quando pessoas não têm conhecimento e tentam mexer nas tomadas.

O militar orienta: não se deve tocar em fios desencapados e, em caso de deterioração, é necessário chamar um técnico para mexer no fio. “É importante também que todos casos saibam onde fica o disjuntor para desligar em um acidente”.

O oficial destaca, ainda, uma pessoa vítima de choque só deve ser tocada com material que não seja condutor de energia, como madeira ou plástico, por exemplo.