O comandante do 8º Batalhão de Bombeiros Militar (8º BBM), tenente Anderson Passos, oficializou, na última sexta-feira (18), a parceria da corporação com o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) para que cães do Corpo de Bombeiros visitem pacientes crônicos internados na Pediatria.

Pelo protocolo, a visita ocorrerá uma vez por mês, com duração máxima de 30 minutos. Para participar, o paciente precisa estar consciente, orientado e em condições clínicas para o deslocamento até a área de convivência, já que a visita de animais no quarto não será permitida. É preciso, ainda, a autorização médica e a anuência do responsável. Outros requisitos também devem ser observados (confira abaixo).

Recentemente, o G1 noticiou que uma menina de 6 anos, que mora no HC-UFTM, conheceu um cachorro, pessoalmente, pela primeira vez. Diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal (AME), Maria Nicole foi a primeira criança a ser beneficiada com o Projeto Pata Amiga - ação pensada para proporcionar o encontro entre animais e crianças internadas no Hospital. A iniciativa é da Liga de Cuidados Paliativos em Pediatria da UFTM.

Conforme a fundadora e coordenadora da Liga, a pediatra Jussara Silva Lima, o protocolo já estava pronto, no entanto, a assinatura do comandante significa um pacto para que as visitas se tornem mais frequentes. "Queríamos que aquela visita não fosse isolada e que tivesse um cronograma definido para que fluísse mais rapidamente e adequadamente", pontuou a pediatra.

Diretrizes

Produzido pelo Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente do HC-UFTM, o protocolo define as medidas de prevenção e controle de infeções relacionadas a visitas de animais na instituição.

A visita ocorrerá uma vez por mês, com duração máxima de 30 minutos. Para participar, o paciente precisa estar consciente, orientado e em condições clínicas para o deslocamento até a área de convivência, já que a visita no quarto não será permitida. É preciso, ainda, da autorização médica e da anuência do responsável.

O animal também precisa obedecer a critérios de inclusão, como pertencer ao canil do Corpo de Bombeiros, ter laudo veterinário atestando as boas condições de saúde e estar com a carteira de vacinação atualizada.

Já as equipes de saúde terão obrigações específicas. Enquanto a equipe médica será responsável pela autorização da visita, a fisioterapia acompanhará a criança a fim de garantir o suporte ventilatório. Profissionais da hotelaria, da enfermagem, da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e da Liga de Cuidados Paliativos em Pediatria da UFTM também acompanham a visita.

"Demos um prazo para que o próprio Corpo de Bombeiros se organize para definirmos as datas das próximas visitas. Quem sabe, conseguiremos, até mesmo, fazer mais de um encontro por mês", explicou Jussara Lima.