Duas, das três viaturas de socorro do Corpo de Bombeiros, ficaram mais de 30 minutos paradas em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central de Santos, entre as 14h30 e 15h30 desta segunda-feira (22). O motivo: as macas em que as vítimas chegaram demoraram para serem devolvidas.

Segundo um profissional, que trabalha no local e não quis se identificar, a justificativa para a retenção do equipamento foi a falta de mais macas. Todas já estariam em uso.

A Tribuna On-line entrou em contato com o Corpo de Bombeiros para confirmar a informação de que as macas só teriam sido liberadas após a ida do comandante da corporação até a unidade, mas não obteve resposta para o questionamento.

O mesmo trabalhador disse, ainda, que, muitas vezes os oficiais levam as vítimas à UPA Central, mas são orientados a levar ao Pronto-socorro Central (ao lado da Santa Casa). De acordo com a Prefeitura de Santos, pacientes são encaminhados ao PS Central apenas quando a sala de emergência está lotada.

A Administração Municipal ressalta, também, que o setor de emergência do antigo PS Central funciona “como retaguarda da rede de pronto atendimento e que a medida é sempre comunicada previamente às corporações de atendimento de urgência/emergência”.

Respostas

A Secretaria de Saúde do Município informa que não há registros de retenção de macas dos Bombeiros, mas que vai apurar o caso com a gestora da unidade. A Fundação do ABC, responsável pela UPA Central, confirmou que ficou com as macas por aproximadamente 20 minutos.

Segundo a entidade, a sala de emergência da unidade estava superlotada e, portanto, foi solicitado o desvio de novos casos de Clínica Médica ao PS Central, o que “é procedimento padrão em situações excepcionais”.

Porém, ao contrário do que foi pedido, a Fundação do ABC destaca que o Corpo de Bombeiros continuou a encaminhar novos casos à UPA, inclusive de traumas leves, sem classificação de urgência e emergência.

“Por essa razão, a equipe da UPA precisou readequar sua logística interna em meio aos atendimentos urgentes e a liberação das macas dos Bombeiros”.

Fonte: A Tribuna / MATHEUS MÜLLER

Foto: Carlos Nogueira/AT