Diversas pessoas têm buscado cachoeiras e lagos na região do Triângulo Mineiro neste período de estiagem como alternativa para se refrescar. Contudo, mesmo durante o relaxamento, é preciso lembrar que existem alguns riscos nestes locais.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, em todo o Estado de Minas Gerais já foram registrados 188 casos de afogamento entre janeiro e agosto de 2020. No mesmo período do ano passado, esse número foi de 177 casos. Conforme os militares do 5º Batalhão dos Bombeiros Militares, apenas em Uberlândia, também no mesmo período, foram registrados 14 afogamentos em 2020, enquanto em 2019, foram 17 casos.
Um dos casos de pessoas que foram aproveitar as cachoeiras foi o de Leiclever Lima, que foi com o filho e um amigo aproveitar a cachoeira, mas decidiu ficar na parte rasa para não correr perigo.
“A água em si ela é muito traiçoeira, tem aquele ditado de que ela gosta de quem não tem medo dela, então temos que respeitar a natureza e a água, pois ela é muito perigosa”, relatou Lima.
Caso em Nova Ponte
No feriado do Dia da Independência (7), foi registrado um caso de afogamento na Cachoeira da Fumaça, em Nova Ponte. A vítima foi um médico de 30 anos, que se afogou ao tentar atravessar o rio.
No mesmo feriado, o Corpo de Bombeiros também precisou resgatar uma mulher que escorregou nas pedras e acabou quebrando o braço.
Segundo a tenente do Corpo de Bombeiros, Graziele Ferreira, geralmente as pessoas escolhem trilhas e trechos perigosos para se chegar ao ponto da queda d'água mesmo e podem acabar tendo algum acidente.
“O risco principalmente é com a turbidez da água. A gente não sabe exatamente a profundidade, as pessoas se arriscam no meio da cachoeira e podem se cansar. Ocorre também de estar com estômago muito cheio, passam mal ali naquele meio, não consegue retornar a superfície e acabam ficando lá, submersos e afogados”, concluiu.