O Corpo de Bombeiros de Santa Cruz do Sul realizou um inusitado resgate canino na tarde desta sexta-feira, 4. Uma moradora de Linha Pinheiral foi até a sede dos Bombeiros para avisar que um cachorro estava preso em uma pedreira no interior do município, na divisa com a localidade de Rincão do Sobrado. A partir de então começou a operação de resgate que contou, inclusivel, com descida em rapel.
Segundo os Bombeiros o animal havia caído do penhasco e ficou preso em um local de difícil acesso, próximo a uma fenda. Os trabalhadores da pedreira, que está ativa, acharam que ele conseguiria escapar sozinho, no entanto permaneceu no local durante dois dias, sem comida e água.
Os bombeiros usaram equipamentos de rapel para descer até o local e resgataram o cão por volta das 15 horas. A área onde o cachorro ficou preso é inacessível a não ser com o uso de cordas e cabos de segurança. Segundo o soldado Cristian Bauer, que fez a descida até o cachorro, o entorno também era de difícil acesso para o caminhão. A equipe foi obrigada a contornar o paredão através do matagal. Os moradores mostraram o local exato onde o animal estava.
"Visualizamos o local e estudamos a melhor maneira de fazer a ancoragem da corda para garantir a segurança", conta Bauer, que foi auxiliado na tarefa pelos colegas da equipe do Corpo de Bombeiros. "Comecei a descida no paredão que devia ter uns 40 metros, além de ser bem vertical", explica o bombeiro, que também conta que a chegada ao cachorro foi tranquila, apesar dos latidos antes do resgate. "Quando me aproximei estava bem amistoso. O animal sente a necessidade de ajuda e colabora na maioria das vezes."
O soldado havia pensado na possibilidade do cão ser agressivo e, inclusive, havia levado junto uma capa de combate a incêndio, caso fosse necessário enrolar o animal antes de amarrar. "Mas ele estava muito tranquilo, esperando a ajuda", explicou. "Fiz uma amarração de segurança do cachorro, ligada a mim, e segui a descida sem que ele se ferisse na parede."
Segundo os moradores do local, a cadela branca da raça boxer não era das proximidades. Ela estava bem de saúde e não tinha ferimentos. Foi tratada com comida e água pelos moradores, que ficaram como tutores da cachorrinha.
Por: PAOLA SEVERO / Gazeta Online