O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), anunciou na manhã da segunda-feira (10), que pretende retomar no dia 27 deste mês as buscas das 11 vítimas soterradas pelo rompimento da Barragem B1, da Mina Córrego do feijão, operada pela Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de BH que seguem desaparecidas. Durante a parada pela COVID-19, melhorias foram feitas no local das buscas e base dos bombeiros.
As buscas foram suspensas em 21 de março deste ano, em função da pandemia causada pelo novo coronavírus. A previsão é que a partir do dia 27 de agosto, um efetivo de aproximadamente 60 militares retome as ações no perímetro da tragédia.
O Corpo de Bombeiros conseguiu a aprovação do protocolo que regulamenta a retomada da atividade de busca em Brumadinho após várias tratativas com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e demais órgãos envolvidos.
A mineradora Vale informou que considera a remoção dos rejeitos é uma atividade fundamental no apoio ao trabalho das buscas realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e para a recuperação ambiental da área impactada pelo rompimento da Barragem B1, da mina Córrego do Feijão. "Para o retorno das buscas, operação suspensa em função da pandemia do coronavírus, os Bombeiros receberão todo o apoio da empresa seguindo as determinações do Comitê Extraordinário Covid-19 de combate à pandemia do Governo de Minas Gerais. Mesmo neste período de isolamento, a empresa segue com atividades preparatórias para o retorno acontecer de forma eficiente e segura", afirma.
De acordo com a Vale, foram realizadas várias ações enquanto a operação de resgate estava suspensa, como a melhoria dos acessos e da drenagem das áreas impactadas. Medidas previamente alinhadas e acordadas com o Corpo de Bombeiros. A Base Bravo, que abriga os oficiais que atuam nas buscas, também recebeu melhorias e ajustes para adequação às medidas de prevenção e combate ao Covid-19, em acordo com os protocolos em aprovação pelo Comitê Extraordinário Covid-19.
Até o momento, cerca de 1,7 milhão de metros cúbicos de rejeitos foram removidos e estão sendo dispostos na cava da mina Córrego do Feijão, em conformidade com autorização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e anuência da Agência Nacional de Mineração (ANM). "Somente após liberação dos Bombeiros o rejeito segue para disposição. A estimativa feita com base em estudos realizados pela empresa é que cerca de 9 milhões de metros cúbicos vazaram da B1", informou a Vale.
Para que o rejeito seja lançado na cava, que era o local onde se extraía o minério, resíduos como metais, borracha e madeira precisam ser separados para o descarte apropriado dentro da legislação ambiental e para deixar o rejeito nas condições adequadas para ser disposto. "O processo, devidamente comunicado aos órgãos ambientais, à ANM e aos Bombeiros, atende a Política Nacional de Resíduos Sólidos", afirma a Vale.
Para realizar os trabalhos, os bombeiros seguirão uma série de normas para evitar a disseminação da COVID-19. Confira as principais abaixo.
- Os militares que se enquadram nos grupos de risco não deverão ser escalados para a operação;
- Se o militar apresentar qualquer sinal ou sintoma de resfriado ou gripe, ele deverá informar ao seu chefe direto e procurar o serviço de saúde imediatamente;
- Obrigatoriedade do uso de máscara cobrindo nariz e boca e óculos de proteção durante todo o período do transporte, inclusive dentro do veículo;
- Deverá ser verificada a temperatura de cada militar, diariamente, antes do embarque ou empenho matinal e ao término do empenho. Se for verificado febre, deverá ser encaminhado ao médico para avaliação;
- Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel a 70% com periodicidade mínima de 2 horas, ou a qualquer momento dependendo da atividade realizada;
- Utilizar os equipamentos de proteção individual disponibilizados, da forma correta;
- Higienizar os equipamentos com álcool a 70% ou conforme orientação do fabricante.
*Estagiária sob supervisão do editor Benny Cohen