Composta por um grupo com 20 bombeiros militares do Rio Grande do Sul, a força-tarefa enviada para auxiliar no combate a um incêndio florestal de grandes proporções que atinge o município de Santo Tomé, pertencente a província de Corrientes, na Argentina, conta com a colaboração de três bombeiros do Vale do Sinos, e um de Parobé, único representante do Vale do Paranhana.
As complicações resultantes das queimadas, que já duram há mais de um mês e agora se alastraram até a divisa com o município gaúcho de São Borja, na Fronteira Oeste, obrigou o intendente de Santo Tomé a enviar um pedido de socorro formal ao prefeito de Saõ Borja, Eduardo Bonotto.
O vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior, acionou a Força de Resposta Rápida (FR2), e no sábado (19) enviou 20 homens para trabalhar em conjunto com as equipes argentinas no combate às chamas.
Desde segunda-feira (21), um grupo com mais quatro bombeiros, de Parobé, Sapiranga, Campo Bom e São Leopoldo, integrantes da primeira equipe do 2º Batalhão de Bombeiros Militar (2ºBBM) participante da FR2, chegou a Santo Tomé para ajudar os colegas das regiões de Canoas, Santo Ângelo e Santa Cruz do Sul.
De acordo com o 1º sargento Elessandro Rômulo da Silva, da corporação de Parobé, a FR2 é composta por bombeiros treinados para enfrentar situações críticas, sendo acionados para qualquer região do estado e, se necessário, fora dele também.
“A FR2 é composta por duas células, e nós somos da célula Alpha, do 2º BBM.Somos autossuficientes durante cinco dias em alimentos, material e logística”, explica sargento Rômulo.
Pela primeira vez auxiliando bombeiros de outro país, a equipe Alpha – composta ainda pelos soldados Mateus de Farias Rodrigues, de Sapiranga; Gustavo Seimetz dos Santos, de Campo Bom; e Ben Hur Darlan Bernandes, de São Leopoldo, seguirá em solo argentino até esta quinta-feira (24), quando retornarão para seus respectivos quartéis.
Para o sargento Rômulo, bombeiro militar desde junho de 2006, primeiramente lotado no Corpo de Bombeiros de Taquara até 2012 e, desde então, no quartel de Parobé, o que mais chamou sua atenção foi o altruísmo dos moradores de Santo Tomé que, apesar da tragédia que estão enfrentando ainda se preocupam com o bem-estar das equipes de socorro.
“O apoio da população em nos dar conforto e condições, trazendo alimentos, água e outros itens para nos auxiliar, seu altruísmo e carinho conosco, foram surpreendesntes. A região foi muito afetada, houve muitas perdas materiais, e vários animais mortos. Este incidente mudou a rotina da cidade, então eles nos apoiam de todas as formas, para nos dar condições de seguirmos com um trabalho eficiente”, relata o sargento do Corpo de Bombeiros de Parobé.