Crianças e adolescentes — de 11 a 15 anos — do projeto Bombeiro Mirim, em Araçatuba, fizeram a festa no sábado (24) no laboratório de gastronomia e nutrição do Unitoledo (Centro Universitário Toledo). O motivo? Eles fabricaram ovos de Páscoa para o próprio consumo e também para doação. 

A iniciativa ocorre há 12 anos, mas essa foi a primeira vez que os participantes utilizaram uma cozinha diferenciada para produzir os chocolates. Até o ano passado, os confeitos eram feitos no batalhão do Corpo de Bombeiros.

“Os participantes estão empolgados. Eles estavam ansiosos para ter uma experiência diferente, que começou do passeio até a faculdade e poder produzir os ovos. Sem contar que farão a boa ação de doar de 50 unidades para um projeto”, diz o policial militar cabo Josué Miguel da Silva, que assumiu a coordenação do projeto no ano passado.

Ele ressalta a parceria com o centro universitário, que foi muito importante. “No ano passado, a fabricação foi feita no batalhão, onde acontecem as reuniões e demoramos três dias para finalizar os chocolates por conta da falta de estrutura. Este ano será realizado tudo em um dia só, devido à colaboração da universidade”. O Unitoledo também é parceiro da iniciativa com o curso de educação física.

A doação das guloseimas será na quarta-feira (28), na base de apoio no bairro São José. Os participantes irão uniformizados, farão a cerimônia de abertura das atividades e em seguida farão a entrega para as crianças.

A atividade, segundo o militar, traz duas lições — valorizar o que vem na mesa, e o significado da Semana Santa, que é o de doação, do carinho, do afeto.

O PROJETO
O projeto Bombeiro Mirim passou por ajustes com a nova coordenação. Hoje ele atende crianças e adolescentes entre 8 e 15 anos, que fazem o curso após passarem por processo seletivo. 

O curso tem duração de um ano e nele os participantes aprendem primeiros socorros, técnicas de ajuda emergencial e segurança em geral, educação ambiental, educação para o trânsito além de aulas de cidadania, resgate de valores morais e disciplina. “Eles saem do curso levando os ensinamentos para a vida”, ressalta Silva.

O iniciativa também incentiva a formação de monitores. Os 16 alunos que mais se destacaram no curso continuam no projeto, sendo promovidos a bombeiros monitores, que auxiliam os instrutores nas atividades com os novos participantes. Atualmente, o projeto atende 90 crianças e adolescentes.

Fonte: Folha da Região