Só no neste mês de julho já foram registradas seis mortes por afogamento em rios do estado, durante o período de praias e a temporada ainda está na metade. Segundo o Corpo de Bombeiros é possível tomar alguns cuidados para prevenir esse tipo de acidente.
"Principalmente no rio Tocantins tem a questão da correnteza, próximo ao leito, tem um declive mais acentuado e se uma pessoa chegar nesse ponto é possível que seja arrastada para o leito do rio", diz o major do Corpo de Bombeiros, Maxuel Souza.
Entre as mortes estão duas crianças e quatro adultos. Entre os casos mais recentes está o de Evandro, de 22 anos, que caiu no rio na madrugada do último domingo (16), depois de festejar um carnaval fora de época em Miracema do Tocantins. O corpo dele foi encontrado dois dias depois.
"A gente reuniu a família e conseguiu barcos emprestados para fazer as buscas por nossa conta porque estávamos muito aflitos, sem notícias", diz o tio da vítima Amaury Custódio.
Donilson Rodrigues da Silva, de 32 anos, e a filha dele, Laura Rayssa, de 9 anos desapareceram na água, na praia do Bom Será, em Tupirama, também no último domingo. "Ele estava com ela com mão no ombro dele, apoiada na cintura dele. Ele não estava nadando, estava caminhando. Era raso e ele sumiu", conta a esposa e mãe das vítimas Elizete Coelho.
Segundo os Bombeiros, entre os riscos existentes, a mistura de bebida alcoólica e banho de rio é muito perigosa.
"Em todos os casos dos adultos houve relatos de testemunhas que ingeriram bebida alcoólica antes do afogamento. Evitem o uso de bebida alcoolica e se o fizer não entrem mais na água, uma vez que ela prejudica bastante a coordenação motora e deixa a pessoa mais fragilizada", orienta o major do Corpo Bombeiros.
Além disso, um dos principais alertas dos Bombeiros é em relação aos salvamentos. A orientação é de que, mesmo que saiba nadar, a pessoa não tente tirar a vítima da água, a não ser que tenha treinamento para isso. Ao contrário, podem ser duas vítimas fatais. A lista de cuidados possíveis é ainda maior e pode ajudar a salvar vidas.
"A água é sempre traiçoeira. As vezes a pessoa sabe nadar, mas ela pode ter uma câimbra, um mal súbito. Para aquela pessoa que não sabe nadar a gente sempre fala que água no umbigo é sinal de perigo. Isso porque se por ventura, pisar em falso em um banco de areia, for arrastado pela correnteza, dificilmente vai conseguir retornar, uma vez que não tem habilidade na água. Quanto as crianças, elas devem ser vigiadas pelos pais ou responsáveis.
Fonte: TV Anhanguera