O Corpo de Bombeiros Militar realizou o transporte aeromédico mais longo da instituição, com 8 mil quilômetros percorridos, no dia 19 de outubro. A locomoção foi conduzida pela aeronave ‘Arcanjo-06’ do Batalhão de Operações Aéreas (BOA), em colaboração com o SAMU de Santa Catarina, no transporte de um catarinense do município de Altamira, no estado do Pará, para Joaçaba (SC).

O paciente estava internado em Altamira desde o dia 26 de setembro, quando teve seu quadro clínico agravado. Como não tinha condições de se locomover sentado em transporte comercial regular, o Corpo de Bombeiros foi acionado para cumprir a missão de repatriar o catarinense.

O paciente sofria de uma condição médica chamada “doença neurológica isquêmica”, resultado de um traumatismo cranioencefálico, ou seja, um ferimento na cabeça causado por um acidente fora de Santa Catarina.

Para essa missão, foi analisado o quadro clínico do paciente, a distância, meteorologia, entre outros fatores. Após a análise da viabilidade do transporte, o Arcanjo-06 decolou de Florianópolis, precisando realizar escalar em Curitiba (Paraná) e em Gurupi (Tocantins) para abastecer.

A equipe pernoitou na cidade e voltou no dia seguinte com o paciente, decolando de Altamira. O avião realizou escala em Barra do Garças (Mato Grosso), antes de decolar para Joaçaba, destino final do paciente. Foram cerca de 14 horas de voo para transferir o paciente do Hospital Regional Público da Transamazônica, em Altamira-PA, para o Hospital Universitário Santa Terezinha, em Joaçaba.

Os atuais transportes aeromédicos são humanizados por permitirem que um familiar acompanhe o paciente, como ocorreu neste voo.

— Foi o maior transporte já realizado pelo Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina em parceria com SAMU Aeromédico de Santa Catarina. Foi uma missão bastante complexa que exigiu um planejamento bem detalhado — diz o comandante da aeronave, o Capitão Bombeiro Militar Fábio Fraga.

 

*Sob supervisão de Andréa da Luz