Na madrugada desta quinta-feira (30), grandes focos de incêndio no Porto Marinho, em Corumbá, foram extintos por militares do Corpo de Bombeiros. A ação feita pelas equipes brigadistas tem protegido o Pantanal de Mato Grosso do Sul, e um dos sinais que corrobora isso é a redução na quantidade de fumaça que chega até as casas do perímetro urbano da cidade.
O município, distante 419 quilômetros de Campo Grande, detém maior porção do bioma pantaneiro, que sofre de queimadas durante o período de seca.
Ainda que parte desses incêndios ocorra por conta de efeitos da natureza, tais como raios, e que sejam espalhados por ventos fortes e até redemoinhos de fogo, relatório publicado no ano passado pelo MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) atribuía a fazendeiros, boa parte da responsabilidade pelas ocorrências ambientais.
O tenente-coronel Wandner Meirelles, que tem chefiado operações de controle a incêndios florestais em Corumbá, relata que a fumaça chegou a atrapalhar aviões que são utilizados para despejar água sobre determinadas áreas.
No entanto, nesta manhã, houve uma melhora. "Existe cheiro de fumaça, mas o tempo está bem limpo. O aeroporto já está funcionando e nossas aeronaves já estão decolando voo".
As ações da Operação Hefesto, que combate incêndios na região, deve continuar pelos próximos dias. "Hoje, continuamos para finalizar totalmente, debelar totalmente, os focos de incêndio, e fazer atividade de monitoramento", explica Meirelles, sobre a área do Castello, próximo à Escola Jatobazinho.
Neste ano, mais de 965,1 mil hectares foram queimados no Pantanal sul-mato-grossense. Em todo o ano passado, que registrou recordes na destruição do bioma, foram 1,7 milhão de janeiro a dezembro.