O Corpo de Bombeiros registrou 2.750 salvamentos no Rio de Janeiro durante o feriadão de São Sebastião — de quinta-feira (20) a domingo (23). Só no domingo, foram cerca de 1.500 resgates no mar, em todo o litoral do Rio.

O número de crianças perdidas nas praias também foi elevado. Os salva-vidas encontraram 402 crianças que se desencontraram de pais ou responsáveis.

As maiores ações de resgate foram registradas na Barra da Tijuca (com quase mil resgates), na Zona Oeste. As praias de Leme, Copacabana, Ipanema e Leblon, na Zona Sul, também registraram juntas quase mil salvamentos.

Já as praias do Recreio, na Zona Oeste, e Itaipu, em Niterói, na Região Metropolitana, tiveram cerca de 400 salvamentos, cada uma. Em Cabo Frio, na Região dos Lagos, foram 203 resgates.

Adolescente morreu afogado em Mangaratiba

Um jovem de 17 anos se afogou em Mangaratiba, na Costa Verde, no sábado (22). Apesar de todo o empenho dos bombeiros, o corpo do adolescente só foi encontrado na noite de domingo.

O major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros, alerta sobre os cuidados que se deve ter nas praias para evitar um número tão grande de salvamentos.

"O que a gente sempre recomenda é que, ao chegar à praia, ficar sempre próximo de um posto de guarda-vidas. Lá tem um profissional que chegou bem cedo na praia e colocou as bandeiras amarela, vermelha ou verde, de sinalização de risco. Ele vai ter a capacidade de passar todos os riscos que alguém vai correr ali ao se banhar", disse Contreiras.

Cores das bandeiras  

  • Vermelha - alto risco de afogamento
  • Amarela - risco médio de afogamento
  • Verde - baixo risco de afogamento

Segundo o major, o guarda-vidas avalia as condições da praia e coloca as bandeiras de acordo com as correntes de retorno, as valas, que jogam as pessoas para dentro do mar. Nesses locais, normalmente são colocadas bandeiras vermelhas.

Contreiras também orienta os banhistas que, ao entrar no mar e não conseguir sair dessas valas, não tentar nadar em direção à areia.

"A recomendação que a gente dá é para que essa pessoa tente nadar para os lados. Assim ela vai conseguir fugir dessa corrente de retorno e vai poder voltar à faixa de areia. Se não conseguir, a recomendação é que ela faça gestos com as mãos porque os guarda-vidas são treinados para observar qualquer comportamento que seja incomum", disse o major.