O Corpo de Bombeiros de São Paulo recebeu mais de mil chamadas para combater focos de incêndio nas matas da Grande São Paulo apenas nos últimos cinco dias. Foram 300 no sábado, 600 no domingo e pouco mais de 100 na segunda-feira.
O capitão do Corpo de Bombeiro, Marcos Palumbo, explicou que o início do fogo geralmente é motivado por ações humanas, como o jogar da bituca de cigarro em locais inadequados. Depois, o clima é o encarregado por espalhar as chamas.
“Isso é um número muito alto. A gente verifica muitas ações humanas sendo as precursoras desse tipo de emergência. O fogo se propaga com rapidez, o mato está muito seco, e isso pode colocar toda a região em risco – além da fauna e da flora.”
Uma grande queimada, no Pico do Jaraguá, foi vista da Rodovia dos Bandeirantes na segunda-feira (4). Esse é um dos poucos lugares de Mata Atlântica nativa da capital paulista.
O fogo estava tão forte que o helicóptero Águia da Polícia Militar precisou buscar água em um lago próximo ao Pico para jogar sobre as chamas.
No sábado (2), um dos incêndios mais graves atingiu pelo menos 11 hectares da Fazenda do Carmo, que fica ao lado do Parque do Carmo, na Zona Leste. Na manhã de domingo (3), dois balões foram vistos voando na região – e os bombeiros encontraram restos de um terceiro.
*Com informações do repórter Victor Moraes