O Corpo de Bombeiros está usando drones para monitorar e combater queimadas, em Goiás. Com o equipamento, é possível identificar focos sem precisar deslocar equipes, otimizando o trabalho das equipes.
O equipamento consegue sobrevoar até 8 km de distância da base. Com o novo método, foi possível identificar e combater rapidamente pelo menos 10 incêndios na última semana.
Um dos incêndios aconteceu em uma fazenda de Rio Verde, no sudoeste do estado. Apesar de não evitar o prejuízo nos 700 hectares de lavoura de milho, o equipamento ajudou a mapear o local atingido, direcionando melhor os bombeiros para os pontos de combate às chamas.
“Nessa região de mata ele auxilia a gente a identificar onde estão os pontos quentes para as equipes de terra fazer o combate”, disse o tenente Leandro Dias.
O Brasil registrou 22.670 focos de incêndio de janeiro a junho deste ano, um pequeno aumento em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram 22.231 registros. Do início do ano até agora, são quase 2 mil focos em Goiás, cerca de 10% a mais que no mesmo período em 2021.
Para ajuda no combate às chamas, uma brigada aérea fica de prontidão. Os aviões são os mesmos usados para pulverizar as lavouras. Porém, nesse período, ficariam parados, pois não há plantio. Com isso, são usados para apagar os incêndios quando surge um aviso.
Cada avião consegue despejar cerca de 700 litros de água sobre o fogo. Dependendo do tamanho da queimada, são várias voltas até controlar as chamas. “O fogo se controla no início. Então, o objetivo nosso é chegar rápido para ajudar no início do incêndio”, disse Ruy Alberto Textor, piloto e proprietário de uma empresa de aviões.
Uma hora de voo custa R$ 4 mil. O valor é dividido entre os fazendeiros. Assim, eles evitam grandes perdas de uma safra.