Quando a equipe do Corpo de Bombeiros foi chamada para atender a uma ocorrência de resgate de animal atolado, o sargento Mauro Soares Ribeiro, de 52 anos, não imaginava o desfecho duplamente feliz. Além de salvar a égua, que eles não sabiam que estava prenha, os militares acabaram ajudando no parto de um potrinho.
“A mãe estava dentro de um brejo, atolada até o pescoço, na madrugada. O pessoal tentou tirar e não conseguiu, então chamou os bombeiros. Ela estava muito debilitada, não tinha forças para nada mais. Arrumamos uma técnica para retirar, com equipamento de tração. Só quando ela saiu, o dono falou que ela estava prenha”, disse o sargento.
Os militares, então, passaram a ajudá-la a ter o filhote. Quando a bolsa estourou, no meio do mato, eles cortaram a placenta com uma faca e tiraram os pezinhos do potro para fora, sob orientação de um veterinário por telefone.
“Ou a gente fazia, ou morriam ela e o potrinho. No final, deu tudo certo, ele nasceu com saúde. Ficamos lá até a égua melhorar e deixamos os dois sob os cuidados do proprietário”, relatou.
Com 32 anos na corporação, o sargento Mauro Ribeiro nunca havia participado do parto de um animal.
“Resgate de animal já fiz muitas vezes, mas um parto foi a primeira vez. É muito emocionante, muito mesmo. Mais ainda porque você vê que os proprietários estão angustiados, sem saber como proceder. Quando você consegue salvar o animal já é uma satisfação muito grande. E ainda fazer o parto, ajudar um animal a nascer, é bacana, melhor ainda”, completou o bombeiro.
Égua e potrinho passam bem.