O Ministério das Relações Exteriores confirmou, em nota divulgada na quarta-feira (18), que o Brasil enviará missão humanitária ao Haiti.

A comitiva atuará no auxílio a vítimas do terremoto que atingiu o país no último sábado (14) e deixou quase 2 mil pessoas mortas e mais de 9.900 feridas. Além dos tremores, o país também foi atingido pela tempestade Grace, que causou fortes chuvas e enchentes.

O grupo será composto por uma equipe de bombeiros, peritos em busca e resgate em estruturas urbanas colapsadas. O transporte dos socorristas será feito por uma aeronave cargueira KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira (FAB), e a partida está prevista para o próximo final de semana.

“O governo brasileiro acompanha com atenção os desdobramentos do terremoto que atingiu o Haiti em 14 de agosto e reafirma seu firme compromisso com a continuidade da ajuda humanitária àquele país”, reforçou o Itamaraty.

Na segunda-feira (16), durante evento militar em Formosa (GO), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já havia manifestado a possibilidade de enviar apoio ao Haiti. “As nossas forças armadas têm dado demonstrações práticas, no mundo todo, em várias operações, como agora estamos sendo novamente solicitados a uma missão de socorro humanitário no Haiti”, disse.

Além da equipe de bombeiros, serão enviados “kits” de materiais hospitalares para assistência farmacêutica emergencial. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga disse, na quarta-feira (18), que a quantidade ainda está sendo definida.

“Estamos trabalhando com as autoridades do Haiti para estabelecer esses quantitativos. Dentro do que o nosso país pode ajudar, seguindo a tradição de solidariedade do povo brasileiro, vamos ajudá-los”, declarou.

O governo brasileiro cogitou enviar cerca de 2,5 toneladas de medicamentos e insumos estratégicos. De acordo com o Itamaraty, essa possibilidade foi debatida em reunião do Grupo de Trabalho Interministerial sobre Cooperação Humanitária Internacional, coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação, na segunda-feira (16). Não há, porém, confirmação sobre a quantidade.

O encontro também contou com representantes da Embaixada do Brasil em Porto Príncipe e da Missão Permanente do Brasil junto à Organização dos Estados Americanos (OEA).

A CNN entrou em contato com o Ministério da Saúde para saber quantos e quais medicamentos serão doados, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.