“Ele ficou traumatizado depois da castração, então a gente não estava querendo tirar ele de casa. Quando eu vi que não ia conseguir, que o osso não saia do lugar, eu sedei, e mesmo sedando ele não deixava tocar, e o osso não saía do lugar manualmente”, continuou Lourena.
O problema foi solucionado com a chegada do Corpo de Bombeiros e uma atitude acolhedora por parte de Lourena. Segundo ela, o cachorro foi novamente sedado para receber o atendimento dos bombeiros, mas ainda assim não permitia o contato, foi aí que Lourena resolveu abraçar Floki.
“Mesmo sedado, ele queria morder, estava muito agitado, não ficava quieto e acabava que a situação ficava mais nervosa. Foi aí que eu resolvi botar ele nas minhas pernas, porque ele tinha que ficar muito quieto, porque o bombeiro falou que a serra serrava até ferro, então qualquer movimento errado, podia serrar a própria mandíbula. Aí eu coloquei ele nas minhas pernas e fiquei abraçando ele, pra ele se sentir acolhido”, lembrou.
Apesar do acolhimento por parte da veterinária, a situação continuou tensa, pois o barulho da serra usada no procedimento incomodava o animal, mas segundo Lourena, após o abraço, Floki ficou confiante e permitiu o atendimento.
"Aí Deus ajudou também ele a se sentir confiante, e deixar a gente ajudar, ele viu que a gente tava querendo ajudar, porque eu também tava preocupada com o barulho da serra do lado dele, que o cachorro tem a audição mais aguçada. Mas deu certo, mesmo com o barulho do lado, na hora que ele se sentiu acolhido com o abraço, ele relaxou e deixou a gente fazer o serviço” , disse a veterinária.
Atendimento humanizado
Gheysa contou sobre a assistência dos bombeiros que atenderam o chamado. Segundo ela, os profissionais se dispuseram a ficar o tempo que fosse necessário para fazer a remoção do osso.
"Eles foram muito atenciosos e tiveram empatia com a situação pra resolver da forma menos traumática pro Floki" , lembrou Gheysa.
Sobre Lourena, ela disse que a especialista foi solícita com o caso, e estava confiante de que a ação dos bombeiros daria certo depois de abraçar o cãozinho.
"A atitude dela de abraçar o Floki permitiu que ele se acalmasse e deixasse os bombeiros agirem sem que ele se machucasse e sem que fosse preciso ações mais drásticas que poderiam ser traumáticas", finalizou Gheysa.
Dicas para evitar incidentes
A veterinária Tabatta Arrivabene explicou que a melhor forma de evitar incidentes do tipo é dar brinquedos próprios para animais, vendidos em petshops.
Tabatta ainda alertou que se o animal fizer ingestão de algum objeto estranho, ele deve ser levado ao veterinário para fazer avaliação do caso e a remoção.
"Evitar dar osso de qualquer forma, principalmente de galinha. Se ficar com o osso preso, deve se encaminhar ao veterinário para fazer a remoção o mais rápido possível. Se o animal ingerir algum tipo de linha, e sair uma parte nas fezes, não puxar, pois pode machucar. E deve evitar também dar objetos pequenos como tampas, pro animal brincar", concluiu Tabatta.
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