Duas cadelinhas são as novas integrantes do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. As filhotes, de 4 meses, são das raças Braco Alemão e Pastor Belga de Malinois e vêm de uma longa linhagem de cães de faro. De acordo com a corporação, elas têm o que os especialistas chamam de “DNA para o trabalho de resgate e salvamento de pessoas”.
A primeira missão envolvendo as filhotes, no entanto, vem antes de qualquer ação em campo: a escolha dos nomes, que precisam ser curtos, com duas ou três sílabas no máximo. Os bombeiros abriram uma enquete nas redes sociais.
São duas opções para cada. A filhote de Braco Alemão pode ser chamada Petra ou Masda. Já a de Pastor Belga de Malinois, Diana ou Duna.
Depois do “batismo”, elas ainda passarão por um longo treinamento, antes de começarem o trabalho. Segundo os bombeiros, os cães da corporação começam a ser estimulados desde os primeiros dias de vida e somente depois de cerca de dois anos estão prontas para participar das operações em desabamentos, deslizamentos de terra e também em buscas por pessoas perdidas em matas e florestas.
Durante esse período de treinos, eles são acostumados com diferentes tipos de terrenos, como grama, lama, terra e pedras, simulando escombros em desastres.
As brincadeiras são direcionadas para que desenvolvam equilíbrio, destreza e obediência. Cada atividade tem um propósito e ajuda a construir as habilidades dos heróis de quatro patas.
Para serem considerados aptos ao trabalho, os cães também passam por provas, que atestam a capacidade deles junto aos condutores.
O trabalho de cães farejadores é importante na busca de sobreviventes, principalmente em desastres naturais. Na tragédia em Petrópolis, em fevereiro de 2022, por exemplo, quando forte chuva atingiu o município provocou enchentes, uma série de deslizamentos de terra e mais de 240 mortes, 60 cães de todo o país foram fundamentais nas buscas por sobreviventes. Hoje, o canil da corporação no Rio têm no canil 17 cães em atividade.
“O canil do Corpo de Bombeiros do Rio é referência no país, com quase 50 certificações. O trabalho dos condutores e de seus cães garante precisão e agilidade nas buscas por vítimas”, afirmou o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Leandro Monteiro.