O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS), durante todo o mês de janeiro, vem combatendo incêndios florestais por todo o Estado. Com o aumento no número de ocorrências do tipo, o Comando da Corporação mobilizou células da Força de Resposta Rápida (FR²) para o auxílio nas regiões oeste, sudoeste e noroeste.

Até a data de 24 Jan deste ano, já foram contabilizadas 2299 ocorrências de incêndio em vegetação no Rio Grande do Sul. Para se ter noção do impacto da estiagem no Estado, na data de 20 de janeiro, o Corpo de Bombeiros Militar já havia atendido 2091 ocorrências, o que representa um aumento de 137% em relação ao mesmo período do ano de 2021 e 127% ao ano de 2020. Essa triste marca já ultrapassa em 137% o total das ocorrências do mês de janeiro de 2021, registrando entre os dias 10 e 20, pico do período, uma média diária de 123 atendimentos de queimadas descontroladas. Estes números dão a dimensão do tamanho do problema que o Estado enfrenta.

As regiões da Fronteira Noroeste, Missões e Fronteira Oeste estão entre as mais atingidas, em especial aos municípios de Uruguaiana (107 atendimentos), Santana do Livramento (80 atendimentos), São Borja (63 atendimentos), Bagé (51 atendimentos), Alegrete (39 atendimentos), Quaraí (26 atendimentos), Itaqui (25 atendimentos), todos entre os dias 1º e 19 do corrente mês, o que corresponde a aproximadamente 27% dos atendimentos do Estado. Ainda, a região Central com 19%, Metropolitana 16%, Noroeste 14%, Litoral 13% e Serra 11%, complementam os números.

A saída para reforçar as guarnições da capital e interior é o emprego das FR² – células compostas por integrantes do efetivo orgânico dos batalhões, aptos para atuação em missões de busca, salvamento e resgate urbano e rural. Entre os dias 1º e 20 de janeiro foram empregados, somente nas Regiões Oeste e Sudoeste do Estado, 285 militares e 17 civis auxiliares de bombeiros.

Previstas para a manutenção da estrutura estadual de recursos operacionais de atuação em missões deste tipo, além de operações em enchentes, incidentes com produtos perigosos e atuação em situações extremas, as equipes são empregadas, especialmente, em situações de condições climáticas adversas, cuja dimensão ou natureza extrapolem a capacidade de resposta da Unidade local. Ainda, as células da FR² possuem capacidade de mobilização imediata para as ações de busca e salvamento, participando de ações conjuntas da Defesa Civil Estadual e da Secretaria da Segurança Pública (SSP) para o socorro e auxílio à comunidade gaúcha em condições climáticas adversas em todo o Estado, como tempestades e estiagens.

Como evitar incêndios florestais e ajudar o CBMRS?

Incêndio em vegetação é o fogo fora de controle em áreas florestais, matas, plantações e campos de pastagens. Ocorrendo normalmente nos períodos de estiagem, pode ser causado pela propagação de pequenas fogueiras feitas em acampamentos, perda de controle de queimadas realizadas para limpeza de campos, vandalismo, queima de lixo e bitucas de cigarros jogadas próximas a vegetação nas rodovias.

Por isso, o CBMRS alerta para estas práticas! Atitudes como essas elevam os números de ocorrências de fogo em mato. O que começa com uma pequena área de queimada, pode se alastrar e perdurar por dias, consumindo hectares de terra.

Para evitar ocorrências de incêndio, fique atento às seguintes dicas:

• Sempre capinar em volta e tirar o mato do local onde for fazer uma fogueira ou colocar velas;

• Ao abandonar uma fogueira, apagar com água ou terra;

• Manter fósforos e isqueiros fora do alcance das crianças;

• Fazer aceiros – desbaste da vegetação – ao redor de casas, currais, celeiros, armazéns, galpões, etc.;

• Manter os aceiros sempre bem roçados;

• Optar, sempre que possível, por estratégias alternativas ao uso do fogo, como roçada manual ou por máquinas e plantio direto;

• Se for fazer uma queimada controlada, fazer no fim da tarde ou de manhã cedo.

 

Texto: ACS/CBMRS

Dados: AODC/CBMRS, IBAMA.