A sexta-feira (14) registrou temperaturas de outono e muitos transtornos às populações afetadas pelas enchentes da última semana. A prefeita de Alegrete, Cleni Paz, decretou situação de emergência no final da noite de quinta-feira devido à grave situação enfrentada pela comunidade em virtude das chuvas e com a cheia do rio Ibirapuitã.
Conforme o sargento Adão Roberto Rodrigues, coordenador regional da Defesa Civil, o manancial media 11,44 metros e ainda subia 2 centímetros por hora. Há 500 casas debaixo d’água, 510 pessoas desabrigadas e 1.620 pessoas desalojadas, somando 2,1 mil atingidos. O Exército, por meio do 6º Regimento de Cavalaria Blindado (RCB) e do 10º Batalhão Logístico (B LOG), apoia as ações da Defesa Civil, Bombeiros e prefeitura com equipes auxiliando nas remoções de afetados pela enchente. Voluntários foram recrutados.
Há uma cozinha comunitária montada na avenida Caverá fornecendo alimentação aos três abrigos que acolhem os moradores – o Ginásio do Instituto Oswaldo Aranha, o Irma e a Escola Eurípedes Brasil Milano. Além disso, foi instalado um ponto de arrecadação de alimentos na praça Getúlio Vargas. Até o momento são três municípios em situação de emergência na região: Alegrete, São Borja e Quaraí. Nesta última cidade, das 230 pessoas que haviam sido desalojadas, 110 já voltaram para suas casas. Em São Borja, o rio está baixando e os estabelecimentos comerciais retornam aos trabalhos gradativamente. A recuperação de estradas e a retomada da colheita de soja e arroz são duas das ações que devem ser priorizadas.
Fonte: Correio do Povo