Desastres como rompimentos de barragens em Mariana, região Central de Minas, em 2015, e em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, no ano passado, fazem com que, cada vez mais, equipes do Corpo de Bombeiros tenham novas capacitações. Na manhã quinta-feira (27), 34 militares participam de um simulado no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.
"O Corpo de Bombeiros, de uma forma inédita no Brasil, acabou criando o curso para trabalhar com desastres em geral mais focado em estruturas colapsadas. Nós criamos um curso novo, que é gerido por uma doutrina internacional relacionado a grupo consultor da ONU (Organização das Nações Unidas), que trabalha com atividades de busca e salvamento e, nesta primeira etapa do curso, estamos trabalhando a parte de mobilização e desmobilização internacional", explicou o capitão Wenderson Marcelino, coordenador do primeiro Curso de Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (Brec).
Durante a ação são repassados procedimentos de imigração, alfândega e vigilância sanitária que são executados em voos comerciais. Ao todo, são 34 militares de Minas, Bahia, Ceará, Paraná, Espírito Santo, Roraima e Distrito Federal.
"Ano passado nós tivemos a oportunidade de ir a Moçambique em uma operação humanitária de busca e salvamento em virtude de ciclones. E nessa parte agora, a gente está simulando como se dá a chegada de uma equipe internacional em um país de desastre gerido por esse sistema da ONU. No curso são 18 bombeiros militares de Minas Gerais e 16 de outros Estados. É uma estrutura inovadora para atender melhor a população", destacou o capitão.
O curso teve início no dia 24 de fevereiro e vai durar três semanas. "E a partir de agora são mais duas semanas de curso onde a gente muda um pouco o foco. Vamos partir para os treinamentos mais práticos, onde os alunos vão aprender técnicas para movimentação de cargas, operação com máquina pesadas, rompimentos e escoramentos de estruturas. E no dia 13 eles se formam e prosseguem nos trabalhos", finalizou o bombeiro.