A ABERGS vem a público demonstrar sua indignação pelas ações governamentais que implicaram no fechamento de alguns quartéis de bombeiros no Estado.

 

É notório que há muitos anos o Corpo de Bombeiros do RS vem sofrendo com o descaso de diversos governos, o que reflete diretamente no atendimento a sociedade.

 

Nesta semana, novamente a corporação foi alvo da falta de visão e responsabilidade de nossos governantes ao fechar unidades de atendimento de emergência, sobe a alegação que o Estado estaria contendo recursos para equilibrar as finanças.

 

A ABERGS é sabedoura e compreende que o Rio Grande do Sul passa por uma situação econômica instável e concorda que para uma melhor gestão se contenha gastos em situações desnecessárias no qual não vem atingir diretamente a sociedade, porém serviços como saúde, educação e principalmente segurança pública, são serviços fundamentais e essenciais para o povo gaúcho.

 

O Corpo de Bombeiros tem diversas missões constitucionais que atingem diretamente a vida de diversas famílias. Dentre várias, vamos citar apenas duas que sofrem com a contenção de recursos.

 

A primeira e indiscutível trata-se do combate a incêndios e do salvamento, pois este serviço lida diretamente com a vida de pessoas, sendo assim não há dinheiro no mundo que substitua uma vida.

 

A segunda refere-se a prevenção de incêndios, atividade de competência legal do Corpo de Bombeiros Militar que visa a análise de projetos, vistorias de estabelecimentos e emissão de alvarás, para que diversos setores desenvolvam suas atividades com segurança e contribuam com a geração de empregos e a economia do Estado.

 

Resumindo, deixar o Corpo de Bombeiros em segundo plano é menosprezar vidas e virar as costas para o empresariado.

 

Ao mesmo tempo exigir mais horas extras para o Corpo de Bombeiros trata-se de um medida extrema que atinge diretamente o servidor, que é obrigado a realizar um trabalho desgastante, muitas vezes colocando sua própria vida em risco devido ao excesso da carga horária que pode chegar a 24 horas de serviço continuo por 24 horas de descanso na atividade de combate incêndios e salvamento ou 12 horas continuas semanalmente na atividade de prevenção a incêndios.

 

Durante esta semana foi clara a abordagem da imprensa em geral quanto ao fator horas-extras, quando na verdade entendemos que deveríamos cobrar um maior efetivo que hoje encontra-se com uma defasagem de 45% e aguarda o ingresso de 400 novos soldados que já passaram por todas as etapas do concurso, esperando apenas o curso de formação que foi protelado pelo atual governo.

 

O Corpo de Bombeiros Militar conquistou sua independência da Brigada Militar no dia 20 de junho de 2014, faltando ainda a aprovação das legislações que já foram construídas e encaminhadas para a Assembleia Legislativa.

 

 

Até o momento, parece que o atual governo deixou para último plano esta corporação de extrema importância para a economia do Estado e para as milhões de vidas gaúchas.

 

Durante campanha eleitoral a ABERGS teve um bom contato com o atual governador e sua equipe construindo diversos planos que acreditamos e esperamos que não caiam no esquecimento.

 

Portanto, lembramos ao atual governo e a sua equipe que estamos no aguardo de uma audiência, como já fora solicitado.

 

Assim como conquistamos nossa independência diante de diversos obstáculos com apoio da imprensa, entidades públicas, entidades privadas e sociedade em geral, lutaremos o quanto necessário para a estruturação e valorização do Corpo de Bombeiros, que não serve apenas a uma pessoa ou governo e sim ao povo do Rio Grande do Sul.

 

Unidos em um só corpo, Corpo de Bombeiros!