O cão Wilson, de um ano e três meses, é o primeiro integrante canino da equipe do 10° Batalhão de Bombeiros Militares do Centro-Oeste.

Especializado em busca e salvamento, o animal da raça bloodhound, foi treinado em Santa Catarina por uma tutora especializada e doado à corporação com sede em Divinópolis.

Para se ter uma ideia da importância do cão, somente no ano passado, na área do 10º Batalhão, foram 109 ocorrências em que cães de busca de salvamento poderiam ter sido empregados.

"O cão de busca e salvamento é um auxílio essencial para operações de busca em desastres naturais e estruturas colapsadas e também no salvamento de pessoas perdidas ou pessoas desaparecidas. Tivemos a sorte de receber o Wilson, que é um cão com treinamento prévio em busca por odor específico, capaz de transformar buscas que às vezes a gente poderia levar alguns dias em operações de poucas horas", destacou o cabo Hudson Orsione.

Ainda conforme o militar, após o treinamento, Wilson passou por exames de certificação, que garantiram a ele toda credibilidade necessária para atuações de alta complexidade em cenários de desastres naturais, deslizamentos de terra e outras ações que demandam agilidade e precisão.

"O treinamento ocorre em dois módulos, como a busca por odor específico, e os de busca por odor genérico para destinação do animal de acordo com cada ocorrência. Nas ocorrências de pessoas perdidas em matas, que geralmente são a maior parte dos nossos atendimentos, é possível utilizar um cão que busque por um odor específico. Para isso, pegamos com os parentes da vítima algum pertence do ente desaparecido e oferecemos para o cão cheirar. A partir desse momento, o cão entende que está buscando apenas aquela pessoa especificamente, e nenhum outro odor tira o seu foco, até o encontro da vítima”, explicou Orsine.

Eficácia de um cão na equipe militar

Com aguçada capacidade olfativa e habilidades de rastreamento, Wilson agora tem como missão localizar sobreviventes e vítimas em situações de emergência.

A atuação dele ocorrerá em estruturas colapsadas com vítimas soterradas, deslizamentos de encostas que atinjam edificações, busca de pessoas perdidas em matas, montanhas e trilhas e busca de restos mortais.

"A chegada do Wilson vai certamente reduzir o tempo resposta para a localização de vítimas nos diversos cenários de desastres", pontuou Orsone.