"A gente precisa lembrar que os acidentes e os incêndios continuam acontecendo. As pessoas continuam se machucando. Então, o Corpo de Bombeiros permanece funcionando full time, dentro da sua capacidade. A gente vai ter que suspender as férias dos bombeiros. Há uma readequação de prioridades. A atenção e o combate à Covid-19 passa a ser prioridade", afirmou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, coronel Lisandro Paixão dos Santos.
 
A declaração foi feita em entrevista ao programa CB.Poder da terça-feira (17/3), uma parceria entre Correio Braziliense e TV Brasília. Paixão também falou sobre a possibilidade de fechar as fronteiras do DF para evitar uma escalada maior dos casos de contágio. "O governador (Ibaneis Rocha) está em reunião todos os dias para tomar essas medidas no momento exato e adequado, além de antecipar para que haja esse isolamento e a quarentena precoces. Não adianta fazer depois que está todo mundo doente porque a maioria das contaminações acontece com pacientes assintomáticos. Eles são mais de 80%. Então, se não isolar antes, acaba transmitindo e só a pessoa só vai sentir os efeitos sete, 10, 14 dias depois. Então, tem que antecipar. O governador está estudando, sim. Ele já afirmou que, sendo necessário, vai tomar as providências necessárias para que a população esteja protegida", disse.
 
O comandante detalhou ainda as estratégias adotadas nas operações de triagem de possíveis infectados que entrem no DF pelo aeroporto ou rodoviárias. "O governador adotou todas as providências, com antecedência, sempre à frente dos estados, no sentido de prevenir essa questão da entrada do coronavírus aqui no Distrito Federal. Então, ele convocou o Corpo de Bombeiros, para entrar em apoio à Saúde, à Vigilância Sanitária e aos órgãos que estão lidando diretamente com essa questão, para essa barreira sanitária onde chegam os ônibus interestaduais, além dos voos domésticos e internacionais. O Corpo de Bombeiros estará presente, fazendo uma série de ações de controle e de apoio no combate ao coronavírus", pontuou.
 
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