A princípio, o resultado é superior aos mesmos períodos dos anos de 2022 e 2021, quando registradas 644 e 370 ocorrências, respectivamente.

Ainda conforme o balanço da corporação, atendemos 2.118 ocorrências com gases em 2022 e 1.624 em 2021.

Como também, os gases mais comuns nesse tipo de ocorrência: gás natural, carbônico, nobre, combustível, metano e butano.

Mais uma ocorrência com gás de cozinha

Sobretudo, a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança que acionou os bombeiros, por volta das 11h13, desta segunda-feira (8).

Imediatamente a 2ª Companhia do 5º Batalhão se deslocou até a Rua José de Alencar, no Centro de Crato.

De acordo com o capitão Humberto Costa Nogueira Júnior, “encontramos um gás de cozinha com sinais de vazamento, o que sugere que na troca de botijão houve uma ignição que gerou uma explosão ambiental com fogo”, comentou o oficial de Crato que esteve no local.

Como também, o acidente deixou três pessoas feridas com queimaduras, sendo duas mulheres e um homem. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) atendeu as vítimas que seguiram para exames e avaliação intra-hospitalar.

A guarnição extinguiu pequenos focos de incêndio, retirou botijões de gás de cozinha e isolou o local.

A explosão ambiental com fogo

Em síntese, uma explosão ambiental por gás de cozinha pode ocorrer devido à combustão não controlada do gás, geralmente em um ambiente fechado com pouca ventilação.

Assim, o gás de cozinha (também conhecido como gás liquefeito de petróleo – GLP) ao ser liberado em uma quantidade significativa e em um espaço confinado, pode formar uma nuvem de gás altamente inflamável.

Ainda assim, se houver uma fonte de ignição presente, como uma faísca ou chama aberta, a nuvem de gás pode explodir violentamente, causando danos sérios ou até morte.

Contudo, a explosão ambiental por gás de cozinha é um evento raro, mas pode ocorrer em situações em que a segurança na manipulação e armazenamento do gás não é devidamente observada. Por exemplo, trocar o botijão em um ambiente confinado com fonte de calor.

No botijão de gás de 13kg, cerca de 85% do gás está em estado líquido e 15% em estado gasoso. Por isso nunca se deve deitar o botijão de gás, pois se o gás em fase líquida for expelido pode provocar acidentes muito sérios.

Contudo, quando este gás vaza para o ambiente, ocorre a vaporização, nome dado à transformação física do estado líquido para o estado gasoso.

No entanto, este gás no ambiente inicia uma troca de calor. Como consequência, a superfície do botijão esfria e passa a condensar o vapor d’agua presente no ar, dando a impressão de que o botijão está transpirando.

Estes fenômenos são perigosos e podem ensejar uma explosão ambiental caso haja uma fonte de ignição (calor) próximo a este vazamento. Todo o cuidado é pouco.

Dicas que salvam vidas

Em resumo, após cinco anos de uso, recomenda-se a troca do registro e da mangueira de gás, para se evitar possíveis vazamentos e riscos de acidentes.

Além disso, na aquisição do botijão de gás, é importante verificar se ele apresenta amassados, ou pontos de ferrugem, pois estes indicam a possibilidade de vazamentos estruturais.

Por fim, nesses casos, não receba o botijão e peça para trocar imediatamente.