O Corpo de Bombeiros debela incêndio em vegetação em Mauriti. Ao longo de três dias ininterruptos. de combate ao incêndio em vegetação, os bombeiros militares de Crato da 2ª Companhia do 5º Batalhão de Bombeiros Militar (2ªCia/5ºBBM) conseguiram debelar o incêndio, na Área Integrada de Segurança 19 (AIS 19).
De acordo com o 1º tenente Sócrates Alves Honório de Souza, “foram três dias de combate. Iniciamos na sexta-feira, 5 de novembro, e por volta das 18 horas desta segunda-feira, 8 de novembro, encerramos a operação após 6 horas de monitoramento e vigilância”, destacou o comandante da operação e especialista em combate a incêndio florestal.
“A área queimada atingida nesta segunda-feira, 8 de novembro, foi quando os bombeiros militares conseguiram debelar o incêndio e finalizar o combate. Contudo, a área total atingida pelas chamas foi de aproximadamente três vezes esta sinalizada no mapa, onde estimamos em cerca de 180.000 hectares”, relatou o o 1º tenente Sócrates.
Sobre o combate ao incêndio
O combate foi feito por bombeiros militares especialistas em combate à Incêndios Florestais. São militares que passaram por um curso de 2 meses de intenso aprendizado, treinamento que forja o combatente a atuar nas mais difíceis situações que um combate a incêndio florestal exige, entre eles o cansaço, a sede e, principalmente, o desgaste emocional, pois é um trabalho árdua, de formiguinha, em que um detalhe pode colocar a perder toda a estratégia.
A grande diferença nesse combate é o uso de água. São longas distâncias que percorremos a pé para chegar ao fogo, as viaturas não têm acesso, então não tem como levar água suficiente para combater. Por isso que temos o Curso de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (CPCIF), para capacitar os bombeiros a combater em qualquer situação, principalmente quando não houve água disponível. A técnica fez toda a diferença, por meio do combate indireto, que é quando fazemos a quebra do material combustível e monitoramos.
A guarnição
A guarnição que atendeu a ocorrência foi composta pelo 1º tenente Sócrates, comandando a operação, com o cabo Juscelino e os soldados Pardaillan, Naildo Júnior, Eduardo, Vitor Caldas, Beltrão e Matias. Foram utilizadas duas viaturas tipo pick-up mas somente para o transporte da tropa e do material para combate, não levamos água, pois o incêndio foi muito distante de onde as viaturas podiam chegar, o acesso na vegetação se dá a pé e o combate em si feito com materiais de sapa.
Ainda conforme o comandante da operação, “iniciávamos o combate por volta das 6 horas da manhã e dávamos uma parada para almoçar por volta das 14 horas, e retornávamos o combate por volta das 16 horas e continuávamos até meia noite, pois as condições do tempo favoreciam, temperatura baixava, umidade tende a subir um pouco e assim as chamas perdem força. Nessa hora o trabalho coordenado, utilizando a técnica adequada e, principalmente, a disposição do combatente florestal fazem a diferença”, destacou o 1º tenente Sócrates.