Soltura de fogos de artifício e queima de fogueiras fazem parte da tradição do São João. Como não há decreto governamental, em Sergipe, proibindo a comercialização desses produtos, o Corpo de Bombeiros alerta que a população deve ter cuidado com os riscos de queimaduras e inalação da fumaça durante a pandemia.

O sinal de alerta foi acionado pelo crescente número da taxa de ocupação dos leitos médicos e que pode se agravar, inclusive com o aumento dos problemas respiratórios e síndromes gripais.

“A nossa cultura nos remete a uma prática secular de acender fogueiras, mas não podemos esquecer que já foi evidenciado que é exatamente nessa época que constatamos um aumento considerável nas internações devido a problemas respiratórios ocasionados pelo monóxido de carbono emanado pela combustão das fogueiras, temos que lembrar que, além das enfermidades, ainda temos o risco de queimaduras ocasionadas pela forma inadequada de iniciar essa combustão”, frisou o tenente Fabiano Queiroz.

Ele observa que os órgãos responsáveis acompanham o sistema delivery de fogos. “Se não há autorização para comercializar os fogos, também não há autorização para o armazenamento. Outra situação é que, se um comerciante não está autorizado a vender esses fogos, muito provavelmente ele não fez a compra da matéria-prima este ano. Ou seja, muito provavelmente esses fogos de artifício são velhos e não sabemos como foram armazenados”, ressalta.

Queimaduras

“O álcool líquido é bem mais volátil, ou seja, o poder de inflamabilidade é maior do que o álcool em gel. No acendimento de fogueiras, as pessoas costumam usar esse álcool líquido o que acaba ocasionando muitos acidentes. É possível o uso do álcool em gel, que é bem menos arriscado do que o líquido. Mas se for fazer o uso da fogueira, tente acender usando um pavio com querosene ou com óleo diesel, um combustível que tem o poder de volatilidade menor do que o álcool líquido ou em gel”, orienta.

Ainda que as fogueiras não sejam aconselhadas neste período de pandemia, o oficial do Corpo de Bombeiros adverte a quem insistir em acendê-las a seguir as dicas de segurança. “Orientamos que opte por acender as fogueiras longe de vegetações que possam propagar rapidamente essa chama; que evite acendê-las próximo a redes elétricas e a estabelecimentos de saúde ou asilos”, conclui o tenente Fabiano Queiroz.