O Corpo de Bombeiros começou a utilizar uma escavadeira de grande porte nas buscas por vítimas do deslizamento de terra que ocorreu no domingo (30) em Franco da Rocha, na Grande São Paulo.
No fim da tarde desta quarta-feira (2), os voluntários que estavam no local realizando o trabalho braçal de carregar os baldes de lama foram retirados. Segundo o Corpo de Bombeiros, como já se passaram mais de 72 horas da tragédia já é possível utilizar a máquina para ajudar nas buscas.
Depois que os voluntários saíram, por volta das 17h30 uma cadela farejadora esteve no terreno e sinalizou uma área. Os bombeiros informaram que na área sinalizada haviam três casas, e no topo delas uma hamburgueria, eles acreditam que duas pessoas ficaram soterradas no local.
Sete pessoas ainda estão desaparecidas, cinco delas fazem parte da mesma família.
“Onde há possibilidade deles estarem, estamos com duas frentes trabalhando. Então seriam 5 num local e 2 no outro. Esses locais são bem próximos, bem no centro do deslizamento, a casa que eles estavam ficava no ponto mais alto e foi arrastada para baixo”, afirma Coronel Jefferson De Mello, comandante do Corpo de Bombeiros da Região Metropolitana.
Os parentes dos desaparecidos participam das buscas. Um deles é a Cindy que espera notícias da prima Dyana, de 33 anos, grávida de três meses. Ela estava na casa do noivo, Caio, na hora do deslizamento no domingo de manhã.
“A gente tem esperança, a mãe, todo mundo quer que ela esteja viva. É o primeiro bebe, ela estava feliz, ia casar, comprou um apartamento. Ela iria se mudar no mês que vem, afirma Cindy Godeia.
A filha e o genro do pedreiro Osório Sérgio de Oliveira também está desaparecida. A neta dele foi resgatada. “Ela falava em casar, eu já tinha visto até o vestido de noiva da minha filha, o vestido que eu iria dar para ela”.